Nuno Morais Sarmento encabeça uma lista de delegados pela secção da capital à Assembleia Distrital de Lisboa do PSD, “Lisboa Sempre”, que não se candidata a nenhuma outra secção do distrito nem à liderança da distrital.

Neste caso, o único candidato é Pedro Pinto, apoiante do atual presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.

Questionado, depois de votar nas eleições que hoje decorrem, se admite apoiar Rui Rio caso este se candidate à liderança do PSD no Congresso do próximo ano, respondeu: “Rui Rio é um militante com quem trabalhei há muitos anos, é capaz de ter 30 anos o primeiro combate que fizemos juntos, tenho a certeza de que faremos no futuro próximo novamente combates juntos. Mas esses são para a etapa seguinte, agora é o PSD de Lisboa”.

Sobre as expetativas para a eleição de hoje, em que disputa uma secção que elege 267 dos 825 delegados da Assembleia Distrital de Lisboa do PSD, Sarmento disse ter uma “expectativa ganhadora”, mas ressalvou que se trata apenas “de uma aposta de participação na reanimação, na revitalização de um PSD que tem de estar mais preparado para as batalhas que se aproximam”.

Questionado sobre o significado da presença do ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio e do eurodeputado Paulo Rangel na apresentação de Pedro Duarte – que tem sido crítico de Passos Coelho – como candidato à Assembleia Municipal do Porto, Morais Sarmento considerou natural “que todos aqueles que gostam do PSD sintam a obrigação de voltar a dizer presente”.

“Quando achamos que o caminho não está a ser o caminho correto, que o trabalho não está a ser o trabalho suficiente, a primeira obrigação que temos é dar o corpo ao manifesto e dizer aqui estamos para ajudar a que seja mais e melhor”, afirmou.

E acrescentou: “Aquilo que estão a fazer Paulo Rangel e Rui Rio e aquilo que eu estou a fazer aqui é uma e a mesma coisa: reanimar o PSD”.

O ex-ministro da Presidência de Durão Barroso e de Santana Lopes salientou que “Lisboa no PSD sempre foi um caminho” e defendeu que neste momento o objetivo “é que o PSD volte a ser o espelho do Portugal que não se conforma, que quer ir mais para a frente”.

“Este é o primeiro passo para participar na revitalização do PSD, na construção de uma nova etapa do PSD. Os projetos têm de ter rostos, esta tem o nosso, as etapas que se seguirão têm de ter também rostos – um dia de cada vez – e é evidente que estamos disponíveis para participar nisso”, disse, questionado sobre se esta candidatura é um passo para uma alternativa à liderança do partido.

Para Morais Sarmento, “quem achar que é pelo candidato a presidente do partido que se começa a reanimação do partido vê a vida ao contrário”.

“Não sou eu, é um conjunto muito alargado de militantes que, tal como quer hoje ter uma palavra a dizer na história do PSD de Lisboa, vai querer ter amanhã uma palavra a dizer na historia do PSD nacional”, disse.

Pouco antes de Morais Sarmento, tinha votado a ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, apresentada como primeira subscritora da lista “Lisboa Sempre”, mas que se escusou a fazer declarações partidárias.

“É uma pessoa muito conhecida no partido e que desempenhou funções importantes no Governo, é uma figura muito conhecida na sociedade civil, é um bom nome e pode dar um bom contributo ao partido”, afirmou, a propósito de Nuno Morais Sarmento.

A secção de Lisboa, com 6.692 militantes ativos (com quotas em dia e capacidade eleitoral), é a única das dez do distrito em que concorrem duas listas: a encabeçada por Morais Sarmento e a lista “Afirmar Lisboa”, afeta a Pedro Pinto, encabeçada por Marina Ferreira, ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

As eleições na distrital de Lisboa, atualmente com cerca de 20.000 militantes ativos, vão decorrer até às 23:00 de hoje.

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