Esta 1.ª edição do Observatório Europeu da Mobilidade promovido pela consultora Boston Consulting Group e pela empresa de inquéritos IPSOS, regista que quem mais gasta tempo de deslocações são os gregos (13:02 horas) e os que demoram menos tempo em viagens de segunda a sexta-feira são os franceses (07:12 horas).
No ‘ranking’ sobre utilização do automóvel, os portugueses são os que mais utilizam o automóvel para irem trabalhar (72% contra 61% de média europeia) .
Além da preferência pelo automóvel, 38% dos portugueses considerou ser difícil usar transportes públicos perto da sua habitação, indicando como principais razões para não os utilizar a reduzida frequência e os “destinos serem mal servidos”.
O inquérito que envolveu cerca de mil portugueses, e um total de 10 mil europeus, registou também que 45% dos portugueses se queixa da fluidez do tráfego na horas de ponta (contra 58% de média europeia), enquanto 66% (61% da média europeia) consideram que os investimentos públicos em soluções de transporte intermodal são, atualmente, insuficientes.
Perante a questão se usaria menos o carro caso os investimentos necessários em mobilidade fossem realizados, os portugueses são dos que mais concordam com a afirmação (77% contra 66% da média europeia).
Vinte e três por cento dos portugueses tem a sensação de estar “demasiado longe de tudo” (26% para a média europeia), uma constatação sobretudo repetida por pessoas que vivem numa zona rural.
Se ficassem desempregados, 42% dos portugueses respondeu pensar que teria de se mudar para encontrar um emprego equivalente (contra 36% de média europeia).
Em Portugal há ainda “expectativas muito fortes” quanto à melhoria das condições de deslocação e maior satisfação, na comparação com a média europeia, com a rede rodoviária, mostrando a 3.ª melhor pontuação, depois da Alemanha e da França.
Com as novas tecnologias, os portugueses acreditam que dentro de 15 anos poderão percorrer distâncias muito longas em veículos elétricos sem problemas de autonomia (86% contra 73% para o conjunto dos europeus), deixar o seu carro à entrada das cidades e utilizar apenas transportes públicos acessíveis desde esses locais (81% contra 70% em média) e circularem veículos sem emissões de gases com efeito de estufa (85% contra 68% no geral).
Os portugueses preveem ainda que as inovações vão permitir circular sem nenhum risco de avaria ou acidente, que os carros elétricos se recarregarão.
Para este inquérito foram questionadas pelo menos mil pessoas em França, Irlanda, Itália, Alemanha, Espanha, Bélgica, Grécia, Polónia, Eslováquia e Portugal.
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