Segundo as mesmas fontes, entre os estabelecimentos comerciais saqueados no Estado venezuelano de Carabobo (150 quilómetros a oeste de Caracas), encontram-se sete padarias, 3 delas em Naguanágua, 2 em Tucuyito, 1 em Flor Amarillo, 1 em Los Guayos.

No entanto, há ainda a registar um talho, uma mercearia e uma sucursal da rede de supermercados Central Madeirense em La Isabelita.

A imprensa local dá conta de que desde 2 de maio último na cidade de Valência, pelo menos 60 estabelecimentos comerciais foram saqueados.

Hoje, centenas de pessoas saqueavam a fábrica de massa Mocasa, na avenida principal de Bella Florida, em La Guacamaya, e registaram-se concentrações junto de um distribuidor local de massas Alliegri, com populares a forçarem os portões e subtraíram, às costas, em bicicletas e em viaturas, pacotes daquele produto.

Comerciantes locais dão conta de que, nos últimos três dias, foram ainda saqueadas lojas de câmaras de segurança, eletrodomésticos, roupa, sapatarias, de bebidas alcoólicas, de peças de reposição e de pneus, entre outras.

Entretanto funcionários da Polícia de Carabobo e da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) tentar controlar a situação e impedir novas pilhagens.

As manifestações contra e a favor do Presidente Nicolás Maduro, intensificaram-se desde há um mês na Venezuela, tendo ocasionado pelo menos 33 mortos, centenas de feridos e mais de 1.300 detidos.

A oposição reclama a libertação dos presos políticos, a convocação de eleições gerais, o fim da repressão e manifesta-se ainda contra duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.

Hoje, milhares de pessoas saíram de novo às ruas de várias cidades, contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita na última segunda-feira, pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) considera a convocatória “uma fraude, inconstitucional e implica o fim da democracia”.