Bush — que era Presidente dos EUA à época dos atentados de 11 de setembro — discursou em Shanksville, na Pensilvânia, na cerimónia em memória das vítimas do voo United 93 que impediram um quarto atentado, após fazerem despenhar o avião naquele local.

O ex-Presidente referiu-se aos extremistas dentro e fora dos EUA que partilham não só o “desprezo pelo pluralismo” e a sua “indiferença pela vida humana”, mas também a sua “determinação em profanar os símbolos do país”.

Desta forma, Bush aludiu implicitamente a um episódio recente na história americana – o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro, perpetrado por partidários do ex-Presidente Donald Trump -, um incidente que Bush condenou em várias ocasiões.

Para George W. Bush, os extremistas violentos domésticos e estrangeiros “são filhos do mesmo espírito infame”, dizendo que é dever das autoridades enfrentá-los.

Bush lembrou os momentos seguintes aos ataques de 2001, dizendo que teve “orgulho em liderar um povo impressionante, resiliente e unido”.

Na cerimónia em Shanksville, da qual participou igualmente a vice-Presidente, Kamala Harris, Bush lembrou o heroísmo dos passageiros do voo 93 da United Airlines, referindo-se a eles como um “grupo excecional” de americanos, bravos, fortes e unidos”, vítimas que enfrentaram uma situação “impossível” e que depois de “confortar” as suas famílias com seus telefonemas e recados entraram em “ação” e “derrotaram os desígnios do diabo”.

O voo 93 da United Airlines cumpria a rota entre o aeroporto de Newark (Nova Jersey) e São Francisco, quando, na manhã do dia 11 de setembro, caiu em campo aberto em Shanksville (Pensilvânia), segundo a versão oficial.

De acordo com esta versão, os passageiros do avião intervieram para impedir que o avião servisse para atingir outro alvo em Washington, depois de saberem que os terroristas tinham sequestrado três outros aviões que colidiram com as Torres Gémeas em Nova York e com o prédio do Pentágono em Arlington (Virgínia).

Todos os 37 passageiros do avião, incluindo quatro sequestradores da Al-Qaida, e todos os sete tripulantes morreram no incidente na Pensilvânia.