2016 foi um ano negro para a música com o desaparecimento de alguns dos seus grandes nomes. O ano arrancou negro com a morte de David Bowie e a lista foi crescendo até ontem, dia de Natal, com a morte de George Michael. Uma lista longa demais de nomes que farão falta e que todos desejam não se repita.

David Bowie: A morte de Bowie a 10 de janeiro, apenas dois dias depois do lançamento do álbum "Blackstar" na data em que completou 69 anos, apanhou de surpresa os fãs do músico e o público em geral. Fonte constante de inovação, Bowie manteve praticamente em sigilo que lutava contra um cancro.

Glenn Frey: O guitarrista e cofundador da banda de rock The Eagles faleceu em 18 de janeiro aos 67 anos, vítima por uma artrite reumatoide, agravada por uma colite ulcerosa e uma pneumonia. O grupo ganhou fama mundial com canções como "Hotel California".

Paul Kantner: O cofundador dos Jefferson Airplane, grupo pioneiro do rock psicadélico, morreu em 28 de janeiro aos 74 anos por uma falência múltipla dos órgãos, após um ataque cardíaco. À margem da música, entrou para a história por defender o uso das drogas e contar num livro a sua experiência na Nicarágua sandinista dos anos 80.

Maurice White: O fundador dos Earth, Wind & Fire criou algumas das canções funk mais famosas, como "Let's Groove" ou "Boogie Wonderland". O grupo formado por músicos negros foi um dos precursores a romper os tabus raciais na música pop: conquistou o público branco sem perder o entusiasmo dos afroamericanos. White sofria do mal de Parkinson e faleceu em 4 de fevereiro aos 74 anos.

Keith Emerson e Greg Lake: Keith Emerson, extravagante teclista no uso dos sintetizadores no rock, matou-se na sua casa de Los Angeles a 11 de março, aos 71 anos. Greg Lake, com quem fundou a banda Emerson, Lake & Palmer, faleceu vítima de cancro a 7 de dezembro aos 69 anos.

Phife Dawg: O rapper americano, um dos criadores do grupo A Tribe Called Quest, morreu em 22 de março aos 45 anos, após anos de luta contra problemas provocados pela diabetes.

Merle Haggard: A lenda da música country morreu a 6 de abril, dia em que completou 79 anos.

Prince: O ícone da pop e autor de canções como "Purple Rain" que estabeleceram um antes e um depois no mundo da música, morreu a 21 de abril aos 57 anos na sua casa no Minnesota por uma overdose acidental de potentes analgésicos. A sua morte deixou órfãs várias gerações que se inspiraram em sua forma transgressora de entender e viver a vida.

Leonard Cohen: O poeta e cantor morreu a 7 de novembro aos 82 anos, depois de marcar as vidas de milhões de pessoas com a sua espiritualidade e a sua forma de cantar o amor. Assim como Bowie, Cohen lançou o último e aguardado álbum, "You Want It Darker", semanas antes da notícia do seu desaparecimento.

Sharon Jones: Considerada uma das embaixadoras do soul e funk, que alguns chegaram a chamar de versão feminina de James Brown, morreu vítima de cancro no dia 18 de novembro, aos 60 anos.

Rick Parfitt: O guitarrista do grupo Status Quo morreu a 24 de dezembro aos 68 anos, depois de sofrer uma grave infecção.

George Michael: Uma das melhores vozes da pop britânico, primeiro com a dupla Wham! e depois em carreira solo, morreu na sua casa em Londres aos 53 anos, possivelmente no dia de Natal, apesar de o seu agente não ter confirmado a data. O intérprete de "Last Christmas" e "Careless Whisper" sofreu durante a carreira com problemas de saúde e com as drogas.