“O dia 25 de Abril é um dia de comunhão, não é um dia de isenção”, disse o socialista.

Falando aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, no final da sessão solene comemorativa do 45.º aniversário do 25 de Abril de 1974, Carlos César destacou que “o Partido Socialista partilha a visão que hoje foi aqui expressa pelo senhor Presidente da República” no seu discurso durante a cerimónia.

O chefe de Estado pediu hoje “mais ambição” para resolver os problemas do país e dos “jovens de 2019”, um programa quase impossível em que é preciso garantir a economia a crescer e o endividamento a diminuir.

Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso de cerca de 20 minutos na sessão solene dos 45 anos do 25 de Abril, em que comparou as ambições dos “jovens de 1974”, como ele, e os jovens de hoje, “os jovens de 2019”.

Para o Presidente da República, é preciso “mais ambição no Portugal pós-colonial, mais ambição na democracia, mais ambição na demografia, mais ambição na coesão, mais ambição na era digital e mais ambição na antecipação do futuro do emprego e do trabalho".

“Mais ambição na luta por um mundo sustentável”, concluiu.

Estes objetivos têm que ser conseguidos, afirmou, “com a economia a crescer, com dependência pelo endividamento a diminuir, sensatez financeira a salvaguardar, com acrescida justiça a repartir”.

Falando aos jornalistas nos Passos Perdidos, no parlamento, o também presidente do PS assinalou “que valeu a pena este passo fundador”, que “restituiu a liberdade e a oportunidade de todos aqueles que foram privados ao longo de décadas da possibilidade de atingirem a sua maioridade e de alcançarem outros níveis de vida, o pudessem fazer na sequência do 25 de Abril”.

“Mas, também é certo que os desafios com que hoje nos encontramos e nos confrontamos já não são os mesmos que a geração que viveu 1974 na sua juventude ou até na sua idade adulta encontraram”, salientou.

Por um lado, concretizou César, “todas as dimensões que têm a ver com a reformulação dos mecanismos de participação” na democracia, e por outro lado, “todos estes novos desafios que resultam da nova organização da economia e do trabalho e dos desafios com que se confrontam” os jovens “para a sua segurança futura”.

“É essa resposta que nos incumbe a todos dar num dia em que gostava de voltar a dizê-lo: o que é importante é salientar a oportunidade que nós temos de, na nossa diversidade, nos respeitarmos uns aos outros”, salientou o dirigente socialista.