Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República

  • "Nestes 47 anos, Portugal soube transformar-se numa Democracia consolidada, num regime estável no desenho institucional que a Constituição de 1976 veio consagrar. (…) Alcançámos um Estado Social robusto e importantes níveis de progresso social e económico"

  • "A Revolução de Abril trouxe inúmeras conquistas, e pese embora ter posto fim ao analfabetismo brutificante a que, até então, se assistia, não logrou ainda erradicar, em Portugal, as ideias e os valores que caracterizaram aquele período negro da história, muitos deles adormecidos desde então".
  • "Os titulares de cargos públicos e políticos têm de participar e decidir para aperfeiçoar a legislação sobre eles próprios, tendo como base as alterações concretizadas em 2019. Mas, atenção: não há donos da transparência, nem é aceitável nenhuma lógica que ponha os eleitos, os magistrados judiciais, os procuradores, como suspeitos à partida."

  • "Uma das grandes virtudes da democracia e da liberdade é a de permitir a convivência entre todos os credos políticos, incluindo os antidemocratas. Nas redes sociais, os promotores de falsas notícias, de ódio, de desinformação, de calúnias, de mentiras, contam-se por muitas centenas, e atingem milhões de alvos. As caixas de comentários de alguns órgãos, ditos de comunicação social, são um esgoto a céu aberto. Esta não é uma realidade apenas nacional. Muito pelo contrário"
  • 25 de Abril "não tem proprietários, porque aos que participaram na libertação do País se seguiram várias gerações que ajudaram a construir o Portugal democrático em que vivemos, mas tem autores".

João Cotrim Figueiredo, Iniciativa Liberal

  • "A esquerda sectária do alto da sua arrogância moral acha que é dona do 25 de Abril. E a direita ambígua permite-o por falta de comparência. A IL diz: Presente".

  • "Portugueses de todas as idades sentem que o sistema lhes está a falhar. Têm razão. Ninguém é responsabilizado por atos de incompetência, negligência ou compadrio, enquanto a justiça é lenta e parece estar sempre ao lado dos poderosos"
  • “Os liberais com os olhos no futuro, a esquerda sectária agarrada ao passado. Logo à tarde, os liberais vão estar na Avenida da Liberdade a celebrar o 25 de Abril com os olhos postos no futuro de um Portugal melhor”.

André Ventura, Chega

  • Hoje os cravos vermelhos deviam ser substituídos por cravos pretos. É o luto da democracia que estamos a celebrar".
  • “Metade do país acha hoje que está pior do que no 25 de Abril”.
  • "Precisamos de outra Revolução em Portugal".

Mariana Silva, Os Verdes

  • "É preciso continuar a colorir o futuro, com tudo o que ainda ficou por fazer"

  • “Cumprir as cores de Abril significa proteger a biodiversidade, trabalhar na mitigação das alterações climáticas, defender os territórios dos apetites económicos, que apenas pretendem explorar os recursos naturais, sem respeito pelas populações que há séculos os conservam, são seus guardiões e que da natureza apenas retiram o que ela lhes dá, com o suor dos dias”.

André Silva, PAN

  •  “[O país] está capturado por interesses instalados que enclausuram a democracia na bolha das opções políticas do Bloco Central e que, tantas vezes, servem apenas algumas pessoas ou grupos, gerando a desilusão e a revolta social que abrem espaço ao oportunismo que vende o ódio, o medo e a institucionalização da discriminação como remédios para curar esta Democracia doente".
  • "Portugal amordaçado deu lugar a Portugal ressuscitado, mas é hoje um Portugal capturado (...) Capturado por interesses instalados que enclausuram a democracia na bolha das opções políticas do Bloco Central (...) Capturado pela corrupção e pela falta de transparência".

  • "[Portugal] convive bem com a existência de políticos dirigentes do futebol e com tantas outras situações de conflitos de interesses de detentores de cargos públicos".

Pedro Morais Soares, CDS-PP

  • "Importa que o Estado não ignore o sentimento generalizado de descrença dos portugueses, muitas vezes justificado, relativamente à justiça"

  • "Se o 25 de Abril abriu as portas da liberdade, começou a construir o caminho da democracia, consolidada a 25 de Novembro, também alentou a esperança da justiça (...) Esta esperança, no sentimento do povo português, ainda não está totalmente concretizada (...) Como não foi concretizada, há 25 anos, quando esta mesma câmara decidiu amnistiar os elementos da mais sangrenta organização terrorista da história da nossa democracia, as FP-25 de Abril".

Alma Rivera, PCP

  • “Quando hoje nos indignamos, nos levantamos contra a injustiça, a desigualdade, a corrupção é porque podemos fazê-lo”
  • "Todos quantos não viveram abril de 1974 são chamados a continuá-lo e a defender os direitos com ele conquistados”.
  •  “A desesperança é o contrário do caminho de abril”.

Beatriz Gomes Dias, BE

  • “A falta de vergonha chega ao ponto de termos um advogado que vem de um escritório de planeamento fiscal, a subir a esta tribuna para clamar contra a fuga ao fisco”.
  • "Abril também não se cumprirá cabalmente enquanto não encararmos de frente a corrupção. A corrupção é o cimento da injustiça económica e da desigualdade. Ela mina a democracia, corrói a justiça e ameaça a coesão social"

  • “Não aceitamos que a promessa de igualdade contida na Constituição de abril seja mercadejada. A soberania do povo e a sua representação não são uma mercadoria. Isso mesmo foi o que Abril nos deixou como lição: o mais essencial dos bens comuns de um povo é a democracia e ela não pode ser tornada propriedade de ninguém, nem tratada como mercadoria. A nossa democracia não está à venda”.

Rui Rio, PSD

  • “Se a sociedade muda a grande velocidade, é imperioso que os regimes políticos estejam, também eles, capazes de se adaptar às novas realidades”.
  • "Tem faltado vontade política e ambição para se realizarem, com a necessária coragem, as reformas que a realidade reclama e a prudência aconselha (...) Se essas reformas não forem feitas, não será, seguramente, com ‘cordões sanitários’, nem com artigos de opinião radicais, que venceremos os extremismos emergentes”.

  • “Infelizmente, grassa hoje entre nós um claro sentimento de impunidade, seja relativamente aos mais poderosos, seja no que concerne ao próprio sistema judicial, que se autogoverna com evidente défice de transparência”.
  • "Quando a Justiça não é feita em tempo útil, pura e simplesmente, não é Justiça"

  • "Mais do que repetir palavras que já nada acrescentam, a evocação do 25 de Abril deve ser um contributo realista para rasgar horizontes e dar esperança aos portugueses".

Alexandre Quintanilha, PS

  • "Ou nos ajudamos mutuamente ou naufragamos todos juntos. É essa também a lição da pandemia. A emergência climática, as desigualdades obscenas, as novas e antigas doenças, a insegurança laboral, a transição demográfica e os conflitos armados não podiam ser mais evidentes".
  • "A escravatura atual é diferente e deixou de ser encapotada. As previsões apontam para alterações demográficas profundas com impactos desconhecidos na organização das sociedades. Precisamos de conhecimento, muito mais conhecimento, muito mais partilhado, e em todos os domínios. O digital vai ajudar, mas não chega".
  • "A desigualdade, exposta nas Novas Cartas Portuguesas, ainda não foi completamente eliminada, mas ninguém desistiu. Somos agora milhões a exigir a igualdade e a estendê-la à exuberante multiplicidade de identidades emergentes".

Cristina Rodrigues, deputada não inscrita

  • "Mesmo que sozinha, mesmo que não me deixem falar, lutarei sempre pela liberdade e igualdade" - numa publicação no Facebook.