"Portugal e os portugueses têm sido confrontados, nas últimas semanas, com as consequências de uma grave pandemia internacional, cuja evolução tem acarretado sérias implicações ao nível social, económico e financeiro. A perda de centenas de vidas humanas é, sem dúvida, a expressão mais violenta da pandemia, porque irreversível", declarou Ferro Rodrigues na sua intervenção, este ano a primeira da sessão solene comemorativa do 46º aniversário da revolução democrática de 1974.
Ferro Rodrigues referiu depois que "bastaria que se perdesse apenas uma [vida], para que o lamento se fizesse ouvir e a solidariedade chegasse a quem vê desaparecer um seu ente querido".
"Nesta hora difícil que vivemos, os nossos pensamentos estão com todos quantos perderam familiares e amigos. Com todos quantos se encontram hospitalizados, lutando, pela sua sobrevivência, contra este vírus terrível. Com todos quantos estão impossibilitados de contactar os seus mais próximos, confinados nas suas residências ou em instituições um pouco por todo o País, tentamos atenuar o vazio da privação dos afetos de proximidade, apontou.
O presidente da Assembleia da República estendeu depois o seu apelo "a todos os que, impossibilitados de festejar na rua o dia da liberdade", possam acompanhar essa homenagem ao 25 de abril.
"Para todos eles uma palavra de solidariedade, de ânimo, de esperança. Mas, em especial, por todos os que nos deixaram, peço que cumpramos um minuto de silêncio", acrescentou.
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