“Na nova fase de vida política nacional, na atual relação de forças, apesar das opções do PS e do seu Governo, foi possível dar passos, ainda que insuficientes, no sentido da recuperação de direitos e salários”, afirmou Jorge Machado na sessão solene evocativa dos 43 anos do 25 de Abril, na Assembleia da República.
“São avanços que valorizamos, mas importa ir mais longe”, afirmou.
Para o deputado comunista, “durante décadas os direitos conquistados com a revolução de Abril foram atacados” após a Revolução dos Cravos, através das “políticas de direita”, e mais recentemente foram “os anos negros do PEC (Programas de Estabilidade e Crescimento) e do “Pacto de Agressão”, numa referência ao período de intervenção da “troika”.
Durante anos, houve “um agravamento da exploração, o empobrecimento, a saída de centenas de milhares de portugueses, a destruição de serviços públicos”, ao mesmo tempo em que se foram “promovendo a pobreza de centenas de milhares para que meia dúzia ficassem cada vez mais ricos”.
A resposta, disse Jorge Machado, “foi e é a luta” – “provou-se mais uma vez que valeu a pena lutar”.
“O Governo PSD/CDS foi derrotado e tal como outros, que agiram contra os valores de abril, foi afastado do poder”, disse, recordando depois a “nova fase da vida política nacional” com o Governo do PS, com o apoio do PCP, BE e PEV.
Jorge Machado recordou a Revolução dos Cravos como um “ato de libertação. Explosão de alegria, movimento de conquista e de construção”.
E prometeu que o PCP continuar a fazer ecoar, no país, o cântico “cada fio de vontade são dois braços e cada braço uma alavanca”.
“Hoje, em condições, esse é o caminho para ir mais longe na defesa, reposição e conquista direitos, para romperas amarras do domínio do grande capital e da submissão externa”, concluiu.
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