Cinco elefantes terão morrido de causas naturais e, ainda que as causas da morte dos restantes 21 sejam ainda desconhecidas, investigações preliminares apontam para que pelo menos 11 possam ter sido envenenados, segundo a organização não-governamental Projeto de Elefantes de Mara (MEP), citada pela imprensa queniana.

Estima-se que os envenenamentos sejam um ato de vingança cometido por agricultores das imediações, uma vez que os animais invadem com frequência as quintas, destruindo as plantações.

“Existem algumas provas relacionadas com a localização dos cadáveres e as circunstâncias destas mortes que apontam para um possível envenenamento por retaliação”, refere a ONG.

A organização, centrada na conservação dos elefantes, mostra-se alarmada com os crescentes conflitos entre humanos e espécies animais sobretudo nas áreas de conservação dos condados de Narok, cujo governo administra a reserva Masai Mara, e de Laikipia.

Alguns agricultores, especialmente os localizados nas margens do rio Enkare Narok, tiveram de abandonar as atividades agrícolas após a destruição repetida das plantações, segundo o diário local Daily Nation.

“Numa área onde suspeitamos que se estava a usar um pesticida forte nas culturas de tomate, a MEP estabeleceu uma unidade de resposta rápida para monitorizar a situação, manter os elefantes fora das quintas, dialogar com os membros das comunidades sobre os pesticidas e supervisionar as fontes de água”, explicou a organização.

Fundada em 2011, a organização Projeto Elefantes de Mara tem no terreno cerca de 30 guardas florestais, cuja ação conjugada com o uso de tecnologia como o Google Earth, permite obter informação quase em tempo real sobre a localização e os movimentos dos animais, que estão identificados com um colar.

Em 2018, guardas florestais da MEP detiveram 36 caçadores furtivos e apreenderam quase 300 quilos de marfim.

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