"Venham as candidaturas. Com certeza que vamos apoiá-las depressa", afirmou o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, na apresentação do programa Edifícios + Sustentáveis, indicando que se os apoios acabarem antes do prazo de apresentação de candidaturas, a 30 de novembro, será promovida outra edição de seguida.
Cada casa poderá ser apoiada com um valor máximo de 7.500 euros ou, no caso de edifícios, 15 mil euros para financiar obras que vão da substituição de janelas, isolamento térmico, instalação de bombas de calor ou caldeiras, instalação de torneiras ou chuveiros eficientes, fachadas e coberturas, portas de entrada ou sistemas de recolha de águas pluviais.
O programa vale para todo o território e os edifícios construídos até dezembro de 2006 podem concorrer a todos os seis itens financiáveis, mas na edição deste ano, as habitações construídas até julho de 2021 também podem concorrer a alguns dos itens.
Matos Fernandes salientou que "só 10 por cento dos edifícios em Portugal têm um bom desempenho energético" e que 30% do consumo da energia é atribuível às necessidades habitacionais.
O ministro indicou que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê mais de 600 milhões de euros para medidas de aumento de eficiência energética, com 300 milhões destinados às habitações, 210 milhões para edifícios públicos e 70 milhões para serviços, com taxas de comparticipação menores, destacando-se o setor do "turismo e hotelaria".
Dos 300 milhões para "as casas onde o comum dos portugueses habita", há 135 milhões de euros no total, 35 milhões para comunidades de autoconsumo e 130 milhões para vales de eficiência a lançar no final de julho para famílias em situação de pobreza energética.
A diretora do Fundo Ambiental, Alexandra Carvalho, indicou que a meta é "reduzir em 30 por cento o consumo primário de energia" nos edifícios que forem melhorados.
Os proprietários que apresentaram candidaturas na primeira fase do programa podem voltar a candidatar-se desde que não tenham ultrapassado o limite da sua comparticipação e cada candidato pode apresentar mais do que uma candidatura, se for proprietário de mais do que uma habitação.
Na primeira edição do programa de apoio a edifícios mais sustentáveis, lançado em setembro de 2020, a primeira dotação era de 4,5 milhões mas acabou, por força da procura, por ser aumentada para 09 milhões.
Das "quase sete mil candidaturas" da primeira edição, mais de cinco mil acabaram por ser aprovadas, mais de metade das quais concentradas nos distritos de Braga, Porto, Setúbal e Lisboa.
Em média, cada candidatura foi comparticipada com 1.800 euros, em intervenções que resultaram em "dois milhões de euros de poupança na fatura de eletricidade" e "mais de cinco mil toneladas" de emissões poluentes evitadas anualmente, referiu.
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