“Noto um discurso de Estado, com uma revisão do que foram estas décadas de República, mas, sobretudo, com uma preocupação de futuro, dizendo-nos que a República e a democracia constroem-se diariamente e, para isso, precisamos de instituições fortes, desde logo as Forças Armadas”, afirmou Assunção Cristas, em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de comemoração da Implantação da República, que decorreu hoje na Praça do Município.
Nesse sentido, a líder centrista sublinhou que o partido quer “que toda a verdade [do furto de material militar dos paióis] de Tancos seja descoberta, que todas responsabilidades políticas sejam apuradas” para que o país possa contar com “Forças Armadas credíveis e reabilitadas”.
Assunção Cristas voltou a destacar também que “o ministro [da Defesa] não tem condições para continuar no cargo”.
Relativamente ao discurso do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, Assunção Cristas admitiu perceber a sua preocupação com a habitação, mas lamentou “que não aprovem na Câmara e no parlamento as múltiplas propostas que o CDS já apresentou, nomeadamente no que respeita a baixar a fiscalidade para os arrendamentos de longa duração”.
“E, na Câmara de Lisboa, lamento por exemplo, no rol das iniciativas que refere, não só possamos notar o atraso de muitas delas, mas também não refira que os terrenos da antiga Feira Popular ao invés de irem para a habitação a preços moderados de arrendamento, como foi proposto pelo CDS, vão para escritórios e habitação a preço de mercado, habitação muito cara”, acrescentou.
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