“Três dias, dois espaços, sete concertos, uma mesa-redonda, uma celebração que tem agora início. 2023 é o ano em que se comemoram 75 anos de Hot Clube”, lê-se num comunicado sobre o Festival de Jazz Hot Clube de Portugal.
O mais antigo clube de jazz europeu em atividade foi fundado oficialmente em 19 de março de 1948, quando Luiz Villas-Boas, melómano e seu fundador, preencheu a ficha de sócio número um – ficha que se mantém no património da instituição.
A par do clube e da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, parte do trabalho do ‘Hot’ passa também pelo núcleo museológico, assente sobretudo no espólio deixado pelo fundador, que morreu em 1999.
Hoje, o festival acontece no Teatro da Comuna com a atuação do trio Lokomotiv, do contrabaixista Carlos Barretto, do guitarrista Mário Delgado e do baterista José Salgueiro, e com uma ‘jam session’ pelo trio do pianista Hugo Lobo, acompanhado do contrabaixista Romeu Tristão e do baterista Gabriel Moraes.
No sábado, também no Teatro da Comuna, o programa inclui a atuação dos Combos da Escola de Jazz Luiz Vilas-Boas, uma mesa-redonda de “reflexão sobre ‘O ensino do jazz em Portugal'”, um concerto do contrabaixista Zé Eduardo com o pianista João Paulo Esteves da Silva, e a apresentação do “Mingus Project” do contrabaixista Nelson Cascais.
A ‘jam session’ de sábado fica a cargo do trio do pianista Filipe Melo.
No domingo, dia de aniversário do Hot Clube, o festival muda-se para o Fórum Lisboa, onde haverá um concerto da Orquestra e Sexteto do ‘Hot’, no qual “as duas principais formações residentes do Clube apresentam um programa composto por composições importantes que foram gravadas nesse ano fundador [1948]”.
Os bilhetes diários do festival, com um custo de 10 euros, estarão à venda nos locais dos concertos no próprio dia, mas os bilhetes para o Fórum Lisboa estão também disponíveis em venda antecipada através do email silviamoreira@hcp.pt.
Os concertos de Combos, a mesa-redonda e a atuação de Zé Eduardo e João Paulo Esteves da Silva, todos no sábado, são de entrada gratuita. A entrada é também gratuita para sócios do Hot Clube Portugal, mas estará “sujeita à lotação da sala”.
O Hot Clube de Portugal funcionou na Praça da Alegria, em Lisboa, desde a sua fundação, primeiro no n.º 39, edifício que ardeu em 2009, tendo depois passado para o n.º 48, que ficou interditado em janeiro, por ordem camarária, justificada por “questões estruturais” do edifício.
Entretanto, a Câmara Municipal de Lisboa comprometeu-se a encontrar uma morada provisória para a instalação do ‘Hot’ até 19 de março, segundo a presidente da mesa da Assembleia Geral do clube, Inês Homem Cunha, em declarações à Lusa em 13 de janeiro.
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