Inaugurado pelo antigo presidente do executivo comunitário José Manuel Durão Barroso, em 2010, o discurso do Estado da União tornou-se o ‘cartaz’ da sessões plenárias de setembro, a de ‘rentrée’ depois das férias de verão, sendo a oportunidade de o executivo comunitário e os eurodeputados discutirem os grandes desafios e prioridades para os 12 meses seguintes.
Este ano, o debate será inevitavelmente marcado pela pandemia da covid-19, que mergulhou a Europa na maior crise desde a II Guerra Mundial, e que continua bem presente, como o demonstra o facto de, pela primeira vez, o Estado da União não ter lugar em Estrasburgo.
A decisão, mal acolhida pelas autoridades francesas, foi tomada na semana passada pelo Parlamento Europeu em virtude de a região do Baixo Reno ter sido classificada como ‘zona vermelha’, ou de alto risco de contágio. Estrasburgo já não acolhe uma sessão plenária desde fevereiro, o último mês de ‘normalidade’ na Europa até à chegada da pandemia.
Além das medidas para dar resposta à crise sanitária, económica e social causada pela covid-19 e o plano de recuperação para a Europa proposto por Bruxelas e acordado pelos líderes europeus em julho passado, Von der Leyen — em funções desde dezembro de 2019 — deverá também abordar no seu discurso matérias como o combate às alterações climáticas e política de migração e asilo.
Após a intervenção inicial da presidente da Comissão, os líderes das diferentes bancadas políticas e outros eurodeputados farão uma avaliação do trabalho do executivo comunitário e discutirão com Von der Leyen as prioridades da UE para os próximos 12 meses.
O Estado da União terá lugar a partir das 09:15 de Bruxelas, 08:15 de Lisboa.
Comentários