Durante a madrugada desta segunda-feira, a Lua desapareceu antes de reaparecer tingida de um ténue brilho vermelho, durante um eclipse total visível nas Américas, na Europa e em África.

Iniciou-se, numa fase parcial, pouco depois das 03h30 (hora de Lisboa), quando a Lua começou a esconder-se na sombra que a Terra projeta no espaço, e terminou às 07:50, quando a Lua ficou totalmente destapada.

O satélite natural da Terra ficou totalmente eclipsado entre as 04:41 e as 05:44, altura em que a Lua começou, progressivamente, a sair da sombra do nosso planeta. Se o céu não estivesse nublado, o eclipse podia ser visto praticamente em todo o mundo, com exceção do extremo leste da Ásia, da Austrália e da Nova Zelândia.

O fenómeno astronómico a que se podia assistir esta madrugada tinha a particularidade de ser um eclipse total de uma ‘superlua’, o que dava, a quem observava, a ideia de que a Lua estava maior.

Durante o tempo em que esteve na sombra da Terra, a Lua não ficou às ‘escuras’ e ganhou um tom vermelho-acastanhado devido à refração e dispersão da luz do Sol na atmosfera terrestre. Em palavras simples, é aqui a que vulgarmente se chama “Lua de sangue”.

O fenómeno foi acompanhado com curiosidade por todo o mundo. Percorra a galeria de fotos acima e veja como de diferentes pontos do globo se percepcionaram as horas em que a Lua ficou na sombra da Terra.

No México e em Los Angeles, de Paris a Uarzazat, os olhares voltaram-se para o céu para observar o fenómeno, por volta da meia-noite no continente americano, e pouco antes da madrugada em território europeu e africano.

Em Londres, os fãs de Astronomia não tiveram sorte: as nuvens bloquearam a visão. Já os habitantes de Villa Nueva, na Guatemala, de Montevidéu, México, Miami e Paris tiveram céus abertos para o espetáculo.

Os eclipses lunares totais, ou parciais, ocorrem pelo menos duas vezes por ano, diz Florent Deleflie, astrónomo do Observatório Paris-PSL, embora não sejam visíveis de todos os pontos do planeta.

É raro poder observar completamente eclipses totais. O próximo será apenas em maio de 2021.