Évora, Penafiel e Abrantes. Pelo menos nestas três cidades as unidades hospitalares estão a rebentar pelas costuras.
O primeiro alerta veio mesmo de Penafiel, onde a urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, teve ao fim da manhã de hoje entre 50 a 70 doentes internados, parte dos quais em macas de ambulâncias, e tempos de espera de várias horas, segundo os bombeiros.
“Aquilo é quase uma medicina de guerra”, comentou à Lusa o comandante Alexandre Pinto, da corporação de Baião, referindo-se aos constrangimentos observados, quando, às 12:30, se encontravam “mais de 50 doentes” na urgência do Hospital Padre Américo.
O segundo partiu de Abrantes, com o hospital local, da Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo, a atingir hoje o limite da capacidade de internamento em cuidados intensivos, “com 80% dos casos a dever-se a infeções respiratórias”, indicou à Lusa fonte oficial da ULS.
“A Unidade de Cuidados Intensivos de Abrantes atingiu hoje o limite da sua capacidade, estando 10 das 12 camas ocupadas com doentes com gripe A”, indicou a mesma fonte, acrescentando que “todos eles estão ventilados” por “insuficiência respiratória grave”.
Seguiu-se depois o a unidade hospitalar de Évora, que teve a lotação completa e a maioria dos casos está relacionada com doenças respiratórias.
A fonte do gabinete de comunicação e marketing do HESE indicou à agência Lusa que a UCI tem capacidade para oito camas e que esta tarde estavam todas ocupadas.
Segundo a mesma fonte, a maioria dos doentes internados em UCI possui doenças do foro respiratório.
E os problemas não se resumem apenas a hospitais públicos. Também esta terça-feira os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais privados na região de Lisboa às 17:00 de hoje alternavam entre mais de quatro horas no Hospital Lusíadas e três horas no Hospital da Luz.
Já no Hospital da Luz Arrábida, no Porto, o tempo de espera para um adulto era de 28 minutos e para o serviço de pediatria era de duas horas e 34 minutos.
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