Em causa está, segundo De Croo, uma rede de financiamento de uma “dupla operação de desinformação e ingerência em pleno coração da Europa”, descoberta pelas autoridades checas e com as quais a Bélgica colabora.
A desinformação estava a ser propagada online no site ‘Voice of Europe’ (Voz da Europa) e a ingerência terá tomado a forma de corrupção de eurodeputados por uma organização pró-Moscovo, referiu, sem adiantar pormenores sobre o caso em investigação.
“Não podemos admitir esta ameaça russa entre nós, temos de agir a nível nacional e da UE”, sublinhou, numa conferência de imprensa de balanço da primeira metade da presidência belga da UE, que termina em 30 de junho.
Como país onde estão sediadas as instituições da UE, a Bélgica tem “a responsabilidade de defender o direito de todos os cidadãos a um voto livre e seguro”.
O chefe do Governo belga considerou que a UE precisa de “mais ferramentas” para lidar com a propaganda e desinformação, sublinhando que levará o tema ao Conselho Europeu informal da próxima semana.
De Croo referiu ainda ter pedido à Eurojust (agência da UE para a cooperação judiciária) que convoque urgentemente uma reunião para debater este assunto, considerando ainda a possibilidade de ampliar os mandatos da Procuradoria Europeia e do OLAF (organismo de luta contra a fraude), se necessário, para agirem contra este fenómeno.
O balanço dos primeiros três meses da presidência indica terem sido concluídos já 67 dossiês legislativos, incluindo os do apoio à Ucrânia.
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