"A empreitada do canil iniciou em maio de 2018. Efetivamente, o prazo contratual previa a conclusão da obra em maio deste ano, mas ao longo do período de execução de trabalhos foram surgindo alguns imponderáveis, a que uma obra desta natureza está sujeita, que condicionaram o normal andamento dos trabalhos", refere a autarquia em resposta à Lusa.

O município explica, por exemplo, que uma linha de água (mina), cujo cadastro era desconhecido, provocou alguns constrangimentos em obra, já que "foi necessário constatar a sua localização e entubar a mesma".

Outra situação que surgiu e que, segundo a autarquia, interferiu com a normal execução dos trabalhos da empreitada, "deveu-se a um muro existente no local, que se pensava estar em boas condições, mas que ruiu aquando da escavação daquela área, originando trabalhos de escoramento e reposição do muro que não estavam previstos".

Assim, revela a câmara, houve um pedido de prorrogação do prazo da empreitada, estimando-se agora que "a obra esteja concluída no final do mês de setembro".

Em janeiro, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, adiantava que, se tudo corresse bem com a parte final da obra, o novo Centro de Recolha Oficial de Animais, em Campanhã, pudesse abrir portas em maio, prazo que a autarquia assume agora que não vai cumprir.

A nova estrutura, que substituirá o canil do Porto, está a ser construída na travessa de Águas Férreas de Campanhã, numa parcela de terreno que atualmente integra o Viveiro Municipal, garantindo o aumento das atuais 94 boxes existentes no canil em S. Dinis (perto do Carvalhido) para 220.

O novo centro de recolha surge no âmbito do Plano Municipal de Controlo e Bem-Estar das Populações Animas de Cães e Gatos, lançado em 2015 para responder às obrigações legais nesta matéria, bem como à generalidade das recomendações de associações zoófilas, Ordem dos Médicos Veterinários e Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

As novas instalações contam com um bloco cirúrgico para esterilização de cães e gatos, uma sala de enfermagem independente para tratamento e acompanhamento clínico dos animais alojados, zonas de exercício e sociabilização e uma área de tosquia e higienização.

O centro permitirá ainda, sempre que necessário, acolher, outras espécies animais.