O presidente da ASPOFLOBAL, Emílio Vidigal, explicou à agência Lusa que esta ação de reflorestação começou hoje simbolicamente numa de cinco áreas próximas do perímetro urbano de Monchique, que precisam de ser repovoadas com “espécies mais resistentes ao fogo”.

Na origem da iniciativa esteve uma proposta solidária do centro comercial Fórum Algarve, que “contactou a ASPAFLOBAL para realizar uma ação em Monchique”, explicou o responsável.

“Dada a calamidade que aconteceu em Monchique, a sua administração [do centro comercial] desafiou-nos para fazer uma ação concertada em Monchique e, por cada criança ou pessoa que usou a pista de gelo do Fórum Algarve na época natalícia em Faro, foi disponibilizado um euro para uma ação na floresta em Monchique”, contextualizou.

A mesma fonte disse que a associação “identificou várias propriedades património público, propriedade da Câmara de Monchique, que estão muito perto da vila e perto das populações, em zonas que estavam em perigo porque tinham árvores monumentais, muito mato e nunca tinham sido intervencionadas”.

A ASPOFLOBAL apresentou o projeto às autoridades que tutelam o ambiente e hoje “foi realizada a primeira ação simbólica”, que depois “será realizada nas restantes áreas já preparadas para o efeito”, mas que vão ser intervencionadas mais tarde “porque se tratam de ações muito complicadas e que exigem meios técnicos importantes”, dado o porte das árvores e o material inflamável que lá existe.

Também o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural (SEFDR), Miguel Freitas, esteve presente na ação de reflorestação realizada hoje para proteger o perímetro urbano de Monchique, concelho afetado pelo maior fogo do ano passado, que consumiu mais de 27 mil hectares entre 03 e 10 de agosto de 2018.

Após participar na iniciativa em Monchique, Miguel Freitas disse à Lusa que este “é um projeto simbólico muito interessante que chega no momento certo”, depois de uma catástrofe que “abriu feridas e criou desânimo”.

“É tempo de sarar estas feridas e de dar uma nova esperança ao concelho, porque continuará a depender a sua floresta e é preciso um esforço para olhar para esta reflorestação”, afirmou Miguel Freitas, considerando que a ação vai “no sentido correto, que é o da proteção dos aglomerados urbanos”.

Além de a ação ser “um bom exemplo” para a defesa dos aglomerados urbanos, a reflorestação está também a ser feita “com espécies de crescimento lento, com castanheiros, com carvalhos e sobreiros”, destacou o governante, sublinhando a importância de continuar o esforço de prevenção o Governo tem vindo a promover.

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