A Guarda Nacional Republicana anunciou, em comunicado, que durante o inquérito sobre as causas do acidente o comandante e os elementos da tripulação da lancha foram suspensos das funções de navegação, como medida provisória, tendo agora sido instaurados processos disciplinares aos dois militares que o inquérito considerou terem sido, direta ou indiretamente, responsáveis pelo encalhamento da 'Bojador'.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que os dois processos disciplinares foram instaurados ao comandante da lancha e ao patrão de quarto à ponte (que coordena a operação da embarcação). Na altura do acidente a lancha levava a bordo sete tripulantes.
“Uma vez finalizado o processo de inquérito, concluiu-se que o incidente ocorreu devido a falha humana, pelo que foi revogada a medida provisória de suspensão da execução de funções de navegação aplicada ao Comandante e à guarnição de serviço no momento do incidente e convertida em dois processos disciplinares, visando os dois militares que se considerou serem, direta ou indiretamente, responsáveis pela não adoção dos necessários procedimentos de segurança, face à visibilidade e condições meteorológicas que se verificavam naquela data à saída da barra do Porto de Lisboa”, refere a GNR no comunicado.
A nota adianta que “da auditoria técnica aos danos constatou-se a necessidade de reparar as hélices de bombordo e estibordo, a substituição da hélice central e a reparação de pequenos danos no casco e estabilizadores, facto que remeteu a reparação a valores na ordem dos 145.681,00 euros, a que acrescem serviços associados como de reboques e utilização do estaleiro, perfazendo um total de 215.320,00 euros”.
A lancha de patrulhamento costeiro foi adquirida no âmbito do Fundo para a Segurança Interna e colocada ao serviço da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da Guarda Nacional Republicana.
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