“Há um grande número de autarcas dos Estados Unidos que vão continuar a querer a trabalhar connosco” disse hoje Édouard Philippe numa entrevista à estação de rádio RTL quando questionado sobre a decisão de Donald Trump anunciada na quinta-feira.
O primeiro-ministro francês afirmou também que as posições do presidente norte-americano abrem uma fase de “consternação mas também de resolução” e que reforçam a “urgência e a necessidade” de uma perspetiva coletiva.
Édouard Philippe considera a decisão “calamitosa” porque as questões relacionadas com as alterações climáticas são “essenciais”.
“O presidente dos Estados Unidos decidiu retirar-se em consciência [do Acordo de Paris]. Está a dizer que vai resolver sozinho os problemas do mundo”, acrescentou.
O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron reagiu da mesma forma ao afirmar que os Estados Unidos “viraram-se contra o mundo” e avisou que a França não vai “renegociar um acordo menos ambicioso”.
Macron apelou aos “cientistas, empresários e cidadãos” envolvidos na luta contra as alterações climáticas para trabalharem com o Estado francês.
Laurent Fabius, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros francês que negociou o Acordo de Paris disse que a retirada dos Estados Unidos é um “grande erro” e uma “falta de vergonha”.
Numa entrevista ao canal France 2, Fabius criticou hoje o “conjunto de mentiras” proferidas por Trump sobre o aquecimento global concluindo que a única reação é a “mobilização mundial” sobre a posição da Administração norte-americana.
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