“Vamos sempre acompanhar este evoluir e naturalmente que o Serviço Regional de Proteção Civil, de forma adequada, há de ir prestando a devida informação às populações. Mas, cada pessoa e cada família deve estar vigilante e atenta”, declarou o social-democrata aos jornalistas, no Palácio de Sant’Ana, sede da Presidência, em Ponta Delgada.
Hoje, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) disse à Lusa que a atividade sísmica na ilha de São Jorge “mantém-se acima dos valores de referência”, tendo sido registados desde sábado à tarde “mais de 1.100 sismos de baixa magnitude”, mas que apenas 63 foram sentidos pela população.
Aos jornalistas, o líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) realçou que o Serviço Regional de Proteção Civil e o CIVISA estão “atentos” e “assumirão todas as suas responsabilidades com prontidão”.
“Alerto e desperto as populações para estarem vigilantes e atentas para os comportamentos que repentinamente possam justificar uma atitude própria de proteção. Não queremos dramatizar, mas também [não queremos] criar mensagens de tal tranquilidade que não desperte nas pessoas uma vigilância em sua própria proteção”, afirmou, salientando que, em situações de proteção civil, “antes excessivo na prudência, do que negligente na ação”.
“Está tudo, de acordo com os registos e as previsões, em prontidão. Assim que houver qualquer necessidade, o próprio Serviço Regional de Proteção Civil e, em caso que justifique, o presidente do governo, [podem] prestar alguma declaração ou algum esclarecimento”.
Em declarações à Lusa esta manhã, o presidente do CIVISA, Rui Marques, lembrou que, no domingo, seguiram de São Miguel para a ilha de São Jorge quatro técnicos da instituição para “aumentar a capacidade de monitorização no local” da crise sísmica, que ocorre numa zona entre a vila das Velas, na zona sul da ilha, e a Fajã do Ouvidor, na costa norte.
“A única coisa que podemos neste momento afirmar com certeza é que os valores estão acima daquilo que é o normal para este sistema vulcânico. O CIVISA continuará a acompanhar com muita atenção tudo aquilo que são os parâmetros monitorizados, mantendo uma estreita relação com o Serviço Regional de Proteção Civil”, referiu, salientando que “o único parâmetro que está fora do normal, neste momento, é a sismicidade”.
“Neste momento, a nossa preocupação com este sistema é a mesma preocupação que devemos ter com qualquer sistema vulcânico ativo. Temos um sistema vulcânico ativo que neste momento tem uma crise sísmica. Vamos continuar a monitorizar”, frisou.
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