“Eu espero que haja um governo de direita nos Açores, é essa a minha posição de princípio”, afirmou Rodrigues dos Santos, questionado pelos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, na sede nacional do partido.
O líder do CDS-PP reiterou o que disse na noite das eleições, no domingo: “O CDS é a maior força política à direita, o terceiro partido nos Açores e somos a direta que soma e acrescenta”.
“Não será certamente por culpa do CDS que não tiraremos o PS do Governo regional dos Açores”, reforçou.
Questionado se o Chega também poderá integrar esse governo de direita, o líder do CDS-PP escusou-se a responder para “não comprometer as negociações em curso pelos órgãos regionais” do partido.
O PS venceu as eleições regionais de domingo, elegendo 25 dos deputados à Assembleia Legislativa Regional, mas um bloco de direita, numa eventual aliança (no executivo ou com acordos parlamentares) entre PSD, CDS, Chega, PPM e Iniciativa Liberal poderá funcionar como alternativa de governação na região, visto uma junção de todos os parlamentares eleitos dar 29 eleitos (o necessário para a maioria absoluta).
O CDS-PP continua a ser o terceiro partido com maior representação no parlamento regional, mas perdeu um dos quatro mandatos conquistados há quatro anos.
O Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores estipula que o presidente do Governo Regional seja nomeado pelo representante da República "tendo em conta os resultados das eleições".
A lei indica que o representante da República, Pedro Catarino, nomeará o novo presidente do Governo Regional "ouvidos os partidos políticos" representados no novo parlamento açoriano.
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