“Quando falei com ele [presidente do Governo Regional] hoje, ainda estava em São Jorge e eu penso muito brevemente ir a São Jorge também”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas, em Fátima, onde hoje assistiu ao Ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.

O chefe de Estado referiu que, “no imediato, entendem os especialistas que não há questões para alarmes da parte da população”.

“É uma situação incómoda aqueles micro, microssismos, mas que não há razão para insegurança”, declarou, explicando haver “um acompanhamento a médio prazo das consequências, da evolução e, naturalmente, a montagem dos esquemas para uma eventual situação que neste momento não está prevista”.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, “ele próprio deu o exemplo, porque foi dormir a São Jorge”.

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse hoje que o Presidente da República “não exclui a possibilidade” de visitar, nos próximos dias, a ilha de São Jorge, alvo de uma crise sismovulcânica.

“O senhor Presidente da República renovou a sua total solidariedade e disponibilidade de acompanhar e de pôr ao dispor os serviços e os meios do Estado para as necessidades dos Açores e da população de São Jorge em particular, e não excluiu a possibilidade de fazer uma visita a São Jorge”, revelou José Manuel Bolieiro.

E acrescentou: “Estamos a ver essa possibilidade [da visita]. Não posso adiantar, para já, sem confirmação. Aliás, será o senhor Presidente da República a dar nota se for caso disso, de uma deslocação o mais rapidamente possível”.

O líder do executivo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP, disse ainda que recebeu o contacto de Marcelo Rebelo de Sousa, tendo-lhe fornecido ao chefe de Estado “informação atualizada relativamente à situação” em São Jorge.

Na quarta-feira, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”.

Segundo disse aos jornalistas, na quinta-feira, o presidente do CIVISA, Rui Marques, o nível de alerta vulcânico de V4 é o mais alto possível para a atual situação, porque o nível V5 só pode ser acionado em caso de erupção.

Já hoje, o CIVISA revelou que, nas últimas horas, foram sentidos cinco sismos pela população da ilha de São Jorge, acrescentando que a atividade sísmica continua “acima do normal”.

A ilha está organizada administrativamente em dois concelhos, Velas e Calheta, onde vivem, respetivamente, 4.936 e 3.437 pessoas, segundo os dados provisórios dos censos da população de 2021.