“Hoje morreu Katia (diminuitivo de Kateryna). A causa: não superou o ataque com ácido sulfúrico. Faleceu na sequência das queimaduras, porque despejaram um litro de ácido em cima da Katia e isso matou-a”, escreveu na sua página de Facebook uma comunidade de apoio à ativista.
O caso de Kateryna Handziuk, de 33 anos, que foi submetida a 11 intervenções cirúrgicas, causou emoção no país.
O presidente de Ucrânia, Petró Poroshenko, da Turquía, onde se encontra de visita, expressou condolências pela morte da ativista e fez um apelo às forças da ordem para “fazerem tudo o que é possível para apanhar e castigar os assassinos”.
A morte de Handziuk é um “veredito contra o sistema”, declarou a opositora e ex-primeira ministra Yulia Timoshenko, do partido no qual militou a ativista, e adiantou: “Algo anda mal quando a melhor gente morre em batalha diária”.
Em setembro passado, a ativista gravou um vídeo no qual criticou duramente o sistema judicial ucraniano.
“Sim, estou mal agora”, disse falando com dificuldade, mas acrescentou: “Pelo menos eu recebo tratamento. E estou segura de que estou melhor do que a Justiça e o sistema judicial ucraniano, porque ninguém tenta melhorá-los”.
Na ocasião, denunciou que no ano passado foram perpetrados mais de 40 ataques contra ativistas, e perguntou porquê e quem paralisa as investigações.
Handziuk foi atacada com ácido em 31 de julho quando saía de casa para o trabalho, na cidade meridional de Jersón, onde desempenhava também a função de assessora do presidente da câmara.
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