Em declarações à agência Lusa hoje de manhã, Paulo Machado, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), tinha dito que a adesão à paralisação, a 10.ª desde o início do ano, era de cerca de 100%.
O sindicalista contou também que os trabalhadores estão expectantes com a reunião de hoje à tarde entre os sindicatos e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.
Hoje, os quatro sindicatos representativos dos trabalhadores (Fectrans, STTM - Sindicato dos Trabalhadores da Tracção do Metropolitano de Lisboa, SINDEM - Sindicato Independente de Todos os Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e STMetro - Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa) vão ser recebidos pelo ministro.
“Aguardamos com expectativa o que vai sair hoje da reunião com o senhor ministro. Esperemos poder sanar este conflito que já dura há muito e que prejudica os trabalhadores, mas também a população de Lisboa”, disse Paulo Machado.
O sindicalista adiantou ainda que na reunião de hoje à tarde também vai estar um representante do Conselho de Administração do Metropolitano.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) cumpriram hoje uma nova greve parcial, a 10.ª desde o início do ano, entre as 05:00 e as 09:00, contra a falta de condições de trabalho na área operacional, devendo a circulação iniciar-se pelas 09:30.
Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e as 01:00.
Em declarações à agência Lusa, aquando da anterior paralisação, em 18 de maio, Anabela Carvalheira, também da Fectrans, disse que os motivos são os mesmos das greves parciais realizadas em março, nos dias 14, 22 e 29 de abril e em 04 e 18 de maio.
A sindicalista explicou que o pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos tinha a ver com as condições de trabalho, mas também com “a falta de efetivos e o clima [instalado na empresa] por parte da direção relativamente aos trabalhadores”.
Em causa, indicou anteriormente, está uma área da empresa que “representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central”.
Em 17 de maio, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa decidiram, em plenário, entregar um pré-aviso de greve para o mês de junho ao trabalho suplementar e eventos especiais, estando em risco o prolongamento do horário habitual durante os Santos Populares.
Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul do metro têm tido o horário prolongado devido às festas populares, que este ano voltam à rua depois de dois anos sem se realizarem devido à pandemia de covid-19.
O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).
*Artigo atualizado às 9h41
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