Em 14 anos desde o fim do Ramal da Lousã, a Metro Mondego suportou “12,9 milhões de euros de défice com os serviços alternativos”, afirmou fonte da Metro Mondego (MM), quando questionada pela agência Lusa sobre o assunto.
A MM adjudicou, após concurso público, os serviços alternativos à empresa ETAC, por cerca de um milhão de euros, num contrato com uma duração de 214 dias (sete meses), de acordo com o procedimento publicado no portal da contratação pública Base, que a Lusa consultou.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da MM explicou, em resposta escrita, que o contrato diz respeito ao período entre 01 de junho e 31 de dezembro, tendo já sido submetido ao Tribunal de Contas para visto prévio.
"Este contrato não prevê prolongamentos e não estamos a trabalhar com qualquer cenário em que os serviços alternativos se prolongam para lá de 31 de dezembro”, vincou a mesma fonte.
Nesse sentido, a MM espera que este seja o último serviço alternativo ao Ramal da Lousã, entre Serpins (concelho da Lousã) e Coimbra, antes da entrada em funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
A MM conta arrancar com a operação entre Serpins e a Portagem (Coimbra) até ao final do ano.
O tráfego ferroviário entre Serpins e Coimbra foi encerrado em janeiro de 2010 para o ramal dar lugar àquilo que inicialmente era um projeto de metro ligeiro de superfície, mas que evoluiu para um sistema de autocarros elétricos a circular em via dedicada.
O SMM consiste na implementação de troços de via dedicada (com algumas exceções em Coimbra), onde vão circular autocarros elétricos que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã, e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, com passagem em Miranda do Corvo e Lousã, numa extensão de 42 quilómetros.
A operação no troço suburbano deve arrancar no final de 2024 e na cidade de Coimbra em 2025, segundo a Metro Mondego.
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