Segundo o presidente da comissão parlamentar de Saúde, José Matos Rosa, foram hoje aprovados por unanimidade os requerimentos do CDS e do Bloco de Esquerda que pediam a audição do conselho de administração do Centro Hospitalar e do diretor clínico e restantes diretores demissionários.
A comissão aprovou ainda um requerimento do PCP para ouvir o ministro da Saúde sobre a situação atual do Serviço Nacional de Saúde.
Quanto às audições relacionadas com as demissões do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, a comissão parlamentar de saúde vai tentar ouvir os responsáveis durante a próxima semana.
A audição do diretor clínico e restantes diretores e chefes de serviço que apresentaram a sua demissão, deve ser feita em Gaia pela comissão parlamentar de Saúde, sendo que os deputados pretendem fazer na altura uma visita ao hospital, como adiantou à agência Lusa o presidente da comissão, José Matos Rosa.
Já a audição da administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, a propósito destas demissões, deverá ser feita no parlamento, em Lisboa.
Segundo Matos Rosa, as audições devem ocorrer “o mais rapidamente possível”, em princípio na próxima semana.
A audição do ministro da Saúde deve ser agendada para daqui a cerca de duas semanas.
O diretor clínico e os diretores e chefes de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, num total de 52 profissionais, anunciaram na semana passada a sua demissão em protesto contra as “condições indignas” em que trabalham.
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em que estiveram presentes o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo.
Na conferência de imprensa, realizada no Porto, o diretor clínico demissionário daquele centro hospitalar, José Pedro Moreira da Silva, apontou como causas para a demissão coletiva as “condições indignas de assistência no trabalho e falta de soluções da tutela”.
Entretanto, os diretores e chefes de equipa demissionários indicam que se vão manter em funções até serem substituídos pela tutela, segundo disse à agência Lusa o diretor clínico demissionário, José Pedro Moreira da Silva.
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