“O crescimento do tráfego tem feito com que haja necessidade dos aeroportos fazerem cada vez mais investimento, que tem sido muito dirigido para o aumento da capacidade do aeroporto, descurando aspetos operacionais. Isto tem impacto nas empresas de ‘handling’ e na qualidade do serviço prestado”, afirmou o presidente executivo da Groundforce, à margem da assinatura do Contrato Coletivo de Trabalho para o setor.

Em declarações à Lusa, Guilhermino Rodrigues explicou que as companhias aéreas querem um ‘turnaround’ [período de tempo para preparar a aeronave para um novo voo] cada vez mais reduzido, o que coloca “pressões adicionais”, uma vez que o trabalho realizado pelas empresas do ‘handling’ continua a ser o mesmo.

“Há uns anos o tempo de rotação normal era de hora e meia e hoje em muitos casos é menos de meia hora. Ora o trabalho para fazer no avião é o mesmo. Tem que ser feito em menos tempo e coloca muita pressão sobre os trabalhadores”, afirmou o presidente da Groundforce.

As dificuldades operacionais no Aeroporto de Lisboa também resultam da falta de portas de embarque o que faz com que “às vezes haja 15 minutos para embarcar 180 passageiros”.

“São necessárias portas para embarque se não os operadores de ‘handling’ são confrontados com os problemas antes do passageiro embarcar. Ou devia criar-se uma sala de pré-embarque onde os operadores de ‘handling’ podiam verificar todos os documentos para o embarque”, acrescentou.

As empresas de ‘handling’ são responsáveis pelo tratamento da bagagem, mas também do embarque dos passageiros.

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