Na 6.ª conferência franco-portuguesa, que decorreu em Lisboa, num período de perguntas e respostas, Thierry Ligonnière recordou que o atual aeroporto, Humberto Delgado, vai manter o seu papel de ‘hub’ (plataforma de ligações aéreas), nomeadamente da TAP, enquanto a estrutura complementar prevista para o Montijo será para “ponto a ponto, para as companhias que o desejarem”.
“A segregação não é no modelo económico. O Montijo será um modelo ponto a ponto e não ‘low cost’. Terá uma qualidade fantástica de serviço e estará dedicado a companhias dedicadas a ponto a ponto”, precisou.
À plateia, o responsável disse que ponto a ponto traduz uma viagem que tem Lisboa como destino final, sem pressupor correspondências para outros locais.
À questão sobre acessibilidades da nova estrutura para o centro da cidade, Thierry Ligonnière recordou que a escolha pelo Montijo, em detrimento de outros locais, levou em conta as distâncias e que muitas companhias aéreas fizeram saber que não queriam um aeroporto afastado da capital.
Para ligar Montijo a Lisboa estão previstos dois acessos principais, acrescentou o presidente da ANA, indicando o uso da ponte Vasco da Gama, onde haverá uma “saída específica e rápida” para o aeroporto.
O outro acesso será através do rio Tejo: uma “experiência bastante simpática para os turistas poderem chegar ao centro através de barco, num percurso muito rápido, de 15 minutos apenas”.
Escusando-se a indicar, por agora, o investimento que a dona da ANA, a VINCI, fará no Montijo, a mesma fonte referiu “centenas de milhares de euros” e voltou a garantir que se mantém o calendário previsto, que aponta para a operação civil na atual base militar em 2022.
Na sua intervenção na conferência, Ligonnière voltou a mostrar a imagem do novo aeroporto e indicou a conceção prevista para permitir “circuitos curtos de circulação”, até porque os aviões são rentáveis quando “estão a voar e não quando estão no solo”.
O aeroporto irá privilegiar ainda a luminosidade e as tecnologias, acrescentou.
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