Estas negociações devem incluir, como “linha vermelha absoluta”, os direitos das mulheres, que não devem estar sujeitos a “restrições”, advertiu o ministro em entrevista ao jornal alemão Bild.

“Não haverá restrições à escolarização das meninas. Não vamos sacrificar o que construímos durante 18 anos”, disse.

Os talibãs, que mantêm negociações de paz com os Estados Unidos há alguns meses, recusaram-se a conduzir negociações diretas de paz com o Presidente afegão, Ashraf Ghani, apesar dos repetidos apelos de Washington.

Durante a última sessão, que terminou em Doha em 16 de março, o enviado dos EUA Zalmay Khalilzad disse que “as condições para a paz” melhoraram, indicando um “progresso real”.

Na entrevista ao jornal Bild, Salahuddin Rabbani revelou que uma terceira ronda de negociações poderia ser realizada na Alemanha, um país militarmente presente no Afeganistão.

“Como o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha (Heiko Maas) nos deixou claro, a Alemanha está pronta para sediar as negociações de paz”.

O governo afegão controla 55% do território nacional e os talibãs dominam cerca de 11%, sendo que o resto do território está em disputa pelas duas partes, segundo dados do Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR, na sigla em inglês).