De acordo com o Los Angeles Times, o grupo estava a planear regressar aos EUA antes de 17 de agosto, data do início do ano escolar no condado de El Cajon, parte de San Diego, cidade do estado da Califórnia.
No entanto, perderam os voos devido à tomada do país por parte dos talibãs, que se efetivou no dia 14, quando passaram a controlar a capital, Cabul, e o governo lhes transmitiu o poder.
Estando com vistos especiais emitidos pelas forças armadas dos EUA para visitar o Afeganistão, os estudantes e pais envolvidos são considerados aliados pelo Departamento da Defesa norte-americano e o responsável pelo distrito escolar de onde são provenientes já passou informações ao governo para tentar localizar estas famílias.
O caso foi denunciado nos EUA quando familiares de alguns alunos começaram a contactar as escolas preocupados com a possibilidade dos seus filhos ou educandos poderem vir a perder a sua vaga escolar por faltas.
As famílias retidas tinham bilhetes para regressar de avião, mas não conseguiram chegar ao aeroporto perante o caos em que descambou o país.
Os talibãs passaram a controlar Cabul no dia 15 de agosto, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO, e têm sido inflexíveis na recusa em prolongar o prazo de 31 de agosto para as tropas estrangeiras deixarem o aeroporto internacional de Cabul, onde correm contra o relógio para retirar os seus cidadãos e afegãos em perigo.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.
Os talibãs pediram aos cidadãos esta semana para não se deslocarem até ao aeroporto, o que junto com o curto tempo para completar as retiradas faz muitos países temerem que os seus cidadãos ou colaboradores afegãos fiquem retidos no país a partir de 31 de agosto.
Apesar das pressões europeias, expressas na terça-feira na reunião dos dirigentes do G7, o Governo dos Estados Unidos decidiu manter essa data, considerada uma linha vermelha pelos talibãs para a retirada das tropas estrangeiras.
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