Apesar do protocolo de segurança publicado na semana passada, com base no trabalho da agência e também do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), a EASA admitiu que os aeroportos, as companhias aéreas e os aviões são diferentes, pelo que considerou necessária “alguma flexibilidade” na concretização das medidas, para se harmonizar a retoma do setor no continente.
“O recomeço seguro da conectividade de transporte, principalmente na aviação, é crucial para a recuperação económica da pandemia. O que é único nas diretrizes operacionais é o facto de terem sido validadas tanto pelas autoridades da aviação como pelas autoridades de saúde. Somente trabalhando em conjunto, a retoma do tráfego aéreo será possível”, disse o diretor-geral de Moilidade e Transportes na EASA, Henrik Hololei, citado num comunicado.
O programa lançado hoje vai concentrar-se, para já, em voos de companhias aéreas que estão prontas para voar entre aeroportos que aplicam as orientações de segurança da mesma forma, permitindo uma viagem completa de passageiros capaz de as respeitar desde o momento de chegada ao aeroporto de partida até à saída no terminal de destino.
As transportadoras aéreas e os aeroportos envolvidos nesses voos vão assinar um compromisso, devendo coordenar-se com as autoridades dos respetivos países, apresentarem soluções práticas quando tiverem problemas na implementação do protocolo e de relatar esses problemas à EASA e ao ECDC.
“Os aeroportos e as companhias aéreas que participam no programa vão ser pioneiros na retoma. O ‘feedback’ que nos transmitirem será para ajudarmos todo o setor a retomar as operações de uma maneira que faça com que passageiros e funcionários se sintam seguros e protegidos”, adiantou o diretor executivo da EASA, Patrick Ky.
As orientações de segurança publicadas na semana passada recomendam distanciamento físico em todos os momentos, o uso de máscara sempre que possível e a higiene frequente das mãos, ao longo da viagem, refere o comunicado.
Esse protocolo apela também para a responsabilidade pessoal dos passageiros, esperando que pessoas com sintomas compatíveis com covid-19 – febre, tosse, perda repentina de olfato ou falta de ar – não apareçam no aeroporto ou adiem as suas viagens, lê-se ainda.
Os aeroportos e companhias aéreas devem utilizar marcações de piso para promover o distanciamento social e lembrar as regras de segurança com comunicações várias, acrescenta a EASA.
As recomendações vão ser avaliadas e atualizadas regularmente, consoante a evolução da pandemia, o conhecimento do risco de transmissão e o desenvolvimento de outras medidas de diagnóstico ou prevenção, frisa também o comunicado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 346 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Quase 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
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