Onze dos 12 rapazes resgatados, cujas idades variam entre os 11 e os 16 anos, viverão num templo budista por nove dias, o mesmo período de tempo que passaram presos na gruta Tham Luang, em Chiang Rai, antes de serem descobertos por uma equipa de mergulhadores.

Escreve o The Guardian que a família das crianças fez o juramento dos "Javalis Selvagens", nome da equipa de futebol dos jovens, como forma de agradecimento pelo resgate, concluído com sucesso a 10 de julho, e para homenagear Saman Kunun, o mergulhador que morreu nas operações.

O ritual de conversão, que teve início esta terça feira, decorreu de acordo com a tradição budista. Os jovens raparam os cabelos, rezaram, ouviram cantos budistas e acenderam velas em homenagem a todos os envolvidos nas operações. A cerimónia foi hoje concluída, no templo de Wat Phra That Doi Tung, com os rapazes a trocarem os robes brancos pelos alaranjados típicos dos monges. Até ao dia 4 de agosto, distribuídos por quatro mosteiros, irão meditar, orar e limpar os templos.

Apenas Adul Sam-on não integrará este grupo, por ser cristão, mas, de acordo com o The New York Times, esteve nas cerimónias onde também marcaram presença a viúva e filhos do mergulhador falecido.

"As ordenações devem dar-nos paz de espírito", revelou Sangiemjit Wongsukchan, mãe de Ekarat Wongsukchan, de 14 anos, um dos meninos resgatados, citada pelo The Guardian. “Só podemos fazer isto por nove dias, porque ele terá que voltar para estudar e para se preparar para os exames. De volta à sua vida normal", acrescentou.

O treinador da equipa, Ejapol Chanthawong, que já tinha vivido num templo durante 10 anos, será agora será ordenado monge.

Desde que receberam alta do hospital, na passada terça-feira, os jovens permaneceram em casa. O governo tailandês proibiu os meios de comunicação de falarem com os menores durante 30 dias.