A direção da ADAG, presidida por António Machado, apelou hoje em "à urgente mudança da gestão política da floresta e da agricultura que deve ter um olhar mais atento aos problemas do distrito, incluindo a sua agricultura".
A associação refere na nota enviada à agência Lusa que os incêndios de domingo e de segunda-feira causaram "prejuízos incalculáveis" no país e no "já martirizado distrito da Guarda".
A ADAG salienta que, entre os vários prejuízos, há "a lamentar, pelo menos, a perda de uma farmácia em Melo, Gouveia, e muitas empresas industriais e comerciais que afetarão irremediavelmente a coesão económica e social do distrito", prejudicando a "viabilidade futura" do território.
Segundo a fonte, a Autoridade Nacional da Proteção Civil informou que no domingo e na segunda-feira registaram-se 22 ocorrências de incêndios florestais no distrito da Guarda.
Foram afetados os municípios de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso, adianta.
Aguiar da Beira, Manteigas, Mêda e Vila Nova de Foz Côa foram os únicos municípios do distrito que não foram atingidos pelas chamas.
A ADAG refere ainda que as chamas ameaçaram, destruíram e "obrigaram a algumas evacuações" nas localidades de Pousafoles do Bispo (Sabugal), Benespera, Albardo, Pousade e Monteiros, (Guarda), Cortiçô (Fornos de Algodres), Casal da Boavista, Carrapichana e Gouveia (Gouveia), Sabugueiro, Sandomil e Casas de Figueira (Seia).
As centenas de incêndios que deflagraram, no domingo, no Norte e Centro de Portugal, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, na primavera, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.
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