Em comunicado, a CAP assinalou “as explorações localizadas nas zonas de Lamego, Armamar [ambos no distrito de Viseu] e Carrazeda de Ansiães [Bragança]” que “reportaram prejuízos e perdas muito avultadas nas suas produções, nomeadamente maçã e castanha”.
Segundo os dados recolhidos “a violência do vento e da chuva provocou estragos que não só comprometem a produção da atual colheita, nalguns casos acima dos 40%, impondo prejuízos imediatos e avultada perda de rendimentos aos produtores, como também coloca em causa a capacidade produtiva futura e a viabilidade da sua atividade, atendendo aos extensos danos verificados em infraestruturas e sistemas produtivos”, prossegue a nota de imprensa.
Manifestando-se “totalmente solidária com os agricultores afetados”, a CAP alerta para a “necessidade de o Governo proceder à avaliação técnica e económica dos estragos em causa com máxima prioridade, garantindo assim a disponibilização célere dos devidos apoios aos agricultores”.
Em face da “cada vez maior frequência de fenómenos climáticos adversos e extremos”, a confederação reitera a necessidade de rever os seguros para a atividade agrícola, assim “cobrindo o capital produtivo em situações como as agora verificadas na região do Douro”, acrescenta o comunicado.
Neste contexto, reforça a CAP, as coberturas contempladas pelo “Sistema de Seguros Agrícolas devem ser revistas o mais rapidamente possível, para que, desde logo, permitam segurar estes acidentes”.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 18:00 de terça-feira e as 09:00 de quarta-feira 1.329 ocorrências relacionadas com o vento forte, a grande maioria quedas de árvores.
“A região Norte foi a mais afetada pelo mau tempo com 988 ocorrências, sendo que o maior número 415 foi registado na Área Metropolitana no Porto com muitas quedas de árvores devido à ação do vento”, indicou o oficial de operações da ANEPC, José Miranda.
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