“Caso sejam adotadas medida mais restritivas para as nossas empresas, estas têm forçosamente que ser acompanhadas do robustecer dos apoios”, nomeadamente de um acesso ao ‘lay-off’ simplificado desligado de quebras de faturação, refere a AHRESP no seu Boletim diário.
Esta posição foi divulgada no dia em que em que o primeiro-ministro, António Costa, esteve a ouvir todos os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19.
Para sábado está prevista a realização de um Conselho de Ministros extraordinário para a tomada de novas medidas que serão depois anunciadas ao país por António Costa.
A AHRESP diz reconhecer a gravidade do problema sanitário que se vive, mas apela aos decisores “que não tomem medidas de tal forma gravosas e desproporcionadas que condenem em definitivo as empresas ao encerramento e os trabalhadores ao desemprego”.
Os estabelecimentos de restauração e bebidas e do alojamento turístico, refere a associação, “funcionam já com bastantes restrições”, pelo que se forem tomadas medidas mais restritivas, será necessário “robustecer os apoios”.
Se não houver essa resposta, a AHRESP alerta que se irá assistir a uma situação, “sem precedentes, de encerramento massivo das empresas”, já que estas “não têm como suportar” os custos fixos nomeadamente com pessoal.
“Entre outras medidas, é fundamental que o regime de ‘lay-off’ simplificado seja estendido para todo o ano de 2021, com acesso simples e direto por parte das empresas, sem estarem dependentes de níveis de quebra de faturação. Também os sócios gerentes devem ser considerados para efeitos deste apoio, na mesma medida dos trabalhadores”, refere a AHRESP vincando ainda que os estabelecimentos de restauração, bebidas e alojamento “têm sido exemplares” no cumprimento das regras e “não são” considerados locais de risco de contágio.
No final da reunião da Concertação Social, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira referiu que o Governo está a ponderar novas medidas de apoio ao emprego e às empresas em resposta ao agravamento da pandemia de covid-19.
“Em função da circunstância que agora estamos a ter de agravamento das condições sanitárias com impacto na situação económica, o Governo deve ponderar novas medidas de apoio ao emprego e às empresas e em devido tempo daremos nota disso mesmo”, disse Siza Vieira aos jornalistas após a reunião da Concertação Social.
“Parece-nos que isso deve avançar tão cedo quanto necessário porque queremos assegurar que as empresas preservam a sua capacidade produtiva e os postos de trabalho necessários para responder às necessidades dos seus clientes no momento em que estas restrições sejam aliviadas”, acrescentou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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