Em comunicado hoje divulgado, a Airbnb explica que estes números incluem “todo o dinheiro que os hóspedes Airbnb gastam durante a sua estadia [em áreas como o comércio local ou os transportes], bem como o dinheiro que os anfitriões, com anúncios na plataforma, ganham nessa atividade”.

Considerando todo o território nacional – pela primeira vez abrangido em estudos económicos feitos pela plataforma –, os anfitriões inscritos com quartos ou casas para arrendamento de curta duração (eram 31.700 no ano passado) arrecadaram 166 milhões de euros.

Ao todo, receberam um total de 1,6 milhões de hóspedes, mais 75% do que em 2015 (ano em que foram 912 mil).

No que toca à capital portuguesa, os anfitriões arrecadaram 72 milhões de euros em 2016.

Nesse ano, Lisboa recebeu 718 mil hóspedes, que gastaram, ao todo, 404 milhões de euros.

Na cidade, o impacto económico foi de 476 milhões de euros, o que representa um crescimento de 78% face a 2015.

Desde 01 de maio de 2016 (data da entrada em vigor do acordo), a Airbnb faz também a coleta da taxa turística de Lisboa, paga por quem se aloja na cidade, e envia trimestralmente a receita ao município.

Só no primeiro trimestre deste ano, entre janeiro e março, o valor cobrado rondou os 1,1 milhões de euros, aponta a plataforma na nota hoje divulgada.

No ano passado, o valor arrecadado em oito meses foi de 1,74 milhões de euros.

A Airbnb destaca também o número de portugueses a utilizar a plataforma em viagem, que passou de 133.300 em 2015 para 264 mil em 2016.

“Lisboa é a cidade portuguesa com mais utilizadores portugueses a reservar alojamento através da Airbnb, com 77 mil pessoas”, observa a empresa.

Citado no comunicado, o diretor-geral da Airbnb para Portugal e Espanha, Arnaldo Muñoz, classifica estes números como uma “boa notícia para Lisboa e para Portugal”, por demonstrarem o impacto dos gastos dos hóspedes na economia e na comunidade local.

Em média, um anfitrião recebe 3.600 euros anuais ao alugar a casa ou parte dela por 39 noites.

No caso de Lisboa, este número já ascende aos 7.000 euros anuais por um aluguer que, em média, é de 84 noites.

A Airbnb adianta que existem, atualmente, 53 mil anúncios na plataforma para aluguer de casas ou quartos por curtos períodos de tempo em Portugal.

No final do ano passado, 13 mil destes anúncios eram referentes apenas a Lisboa.