Em 2018, o grupo aeronáutico europeu Airbus registou um lucro líquido de cerca de 3.000 milhões de euros.

Esses resultados "refletem os acordos finais concluídos com as autoridades para encerrar as investigações de conformidade, bem como um encargo relacionado à revisão das nossas previsões de contratos de exportação para o A400M", afirmou o presidente executivo da Airbus Guillaume Faury, citado no comunicado de imprensa.

A Airbus celebrou um acordo em 31 de janeiro com as autoridades judiciais francesas, britânicas e norte-americanas para evitar processos em casos de corrupção à margem da celebração de contratos.

Este caso, que ameaça o gigante aeronáutico, com 134.000 trabalhadores e grande contribuinte líquido para o comércio externo da Alemanha e da França, contribuiu para a mudança da equipa dirigente do grupo europeu.

Este assunto remonta a 2014 e refere-se a uma série de omissões e inexatidões sobre a identificação e o papel de alguns intermediários que intervieram à conta da Airbus para conseguir contratos civis e militares.

O fundo da questão é que, ao receber créditos para a exportação de agências governamentais na Europa, a Airbus era obrigada a mencionar os intermediários envolvidos nos seus contratos e se não o fizesse expunha-se a processos penais.

A Airbus decidiu suspender a utilização de consultores e adotou uma operação de transparência para procurar uma saída negociada com as autoridades dos países para evitar uma condenação.

Nos Estados Unidos, o departamento de Justiça também abriu um processo por uma possível infração da regulamentação sobre a venda de armas.