"Nós estamos aqui para ganhar as eleições e vamos ganhar as eleições pela Madeira, mas não queremos ganhar de qualquer maneira, vamos ganhar no terreno, com a população, e vamos ganhar com uma maioria que nos vai permitir governar com estabilidade", afirmou Miguel Albuquerque, também presidente do Governo Regional, num comício no Largo do Pico dos Barcelos, na cidade do Funchal.
O PSD/Madeira fez hoje o comício de apresentação da lista de candidatos a deputados à Assembleia Legislativa Regional que contou com a participação do presidente honorário do partido, Alberto João Jardim.
Miguel Albuquerque referiu que o povo madeirense vai dizer não ao "colonialismo de Lisboa" nas eleições de setembro e que "António Costa [secretário-geral do PS e primeiro-ministro] será derrotado no dia 22", porque se a esquerda ganhar "significa mudar para pior" e a Madeira deixará de ter prosperidade "com governos com comunistas e radicais, com coligações negativas e confusões".
"O que está em causa no próximo dia 22 não é só não entregar o poder a Lisboa, é manter, na Madeira, um governo que continue a governar para o desenvolvimento e prosperidade de todas as famílias da Madeira", continuou o líder social-democrata no arquipélago, salientando que o desenvolvimento dos últimos 40 anos não foi só por a região ter tido bons governos.
"Foi [por] termos governos com uma base social alargada, governos com uma base parlamentar sólida que permitiram governar sem sobressaltos, sem confusões e sem bagunças pelo meio", considerou.
O presidente honorário do PSD/Madeira acusou o "venerando" António Costa de querer subjugar a Madeira a Lisboa, porque "apostou que havia de dominar a Madeira e tomar conta dos madeirenses".
"Se durante 40 anos resistimos a Lisboa, é altura também de continuar a resistir", defendeu, apelando: "Que haja juízo e bom senso e não estraguemos o trabalho de 40 anos".
Para o ex-governante, os madeirenses devem perguntar a António Costa, quando vier à Madeira para a ‘rentrée’ política em 31 de agosto, se é ou não pelo aprofundamento da autonomia.
O secretário-geral do PSD, José Prada, referiu que a lista de candidatos “engloba e mobiliza os 11 concelhos da região", e é "aquela que melhor representa e defenderá, no próximo parlamento regional, os interesses e direitos de todos os madeirenses e porto-santenses”, chamando a atenção que a região "não se vende a Lisboa" e que "juntos, unidos e mobilizados" o partido ganhará mais uma maioria absoluta.
Nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em 29 de março de 2015 e segundo o mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o PSD, de Miguel Albuquerque, conquistou a 11.ª maioria absoluta ao obter 56.574 votos (44,36%), elegendo 24 dos 47 mandatos no parlamento regional.
O PSD é poder na Madeira há 43 anos, 37 dos quais sob a liderança do ex-presidente do Governo Regional e presidente honorário do partido, Alberto João Jardim.
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