“Pedi, na semana passada, uma reunião ao secretário de Estado das Infraestruturas, ao secretário de Estado do Ambiente e ao presidente do Metro de Lisboa para manifestar a minha preocupação e desagrado por, mais uma vez, Alcântara não ser contemplada”, disse à agência Lusa o presidente da Junta, Davide Amado (PS).
O autarca lamentou que “ano após ano” os residentes aguardem pela chegada do Metro e, quando se decide fazer “um investimento grande no prolongamento da linha”, se apercebam que, “uma vez mais, não são contemplados”.
Davide Amado lembrou que aquela é “uma zona da cidade com um défice claro ao nível dos transportes públicos”, o que justificava a expansão da linha até Alcântara.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Belém manifestou “muita preocupação” e um “sentimento de insatisfação” por ter ficado de fora dos planos do Metro e diz-se alvo de discriminação.
“A zona ocidental, nomeadamente Belém, fica em condições desiguais em relação às outras zonas da cidade e aos arredores de Lisboa”, disse Fernando Ribeiro Rosa (PSD) à Lusa.
“É uma injustiça para as pessoas da freguesia, que estão a ser discriminadas”, frisou.
Para o autarca, em vez de facilitarem a mobilidade naquela zona, “só criam obstáculos”, nomeadamente com a construção de uma unidade hospitalar que vai fechar ao trânsito parte da Avenida da Índia.
Afirmando saber que “não há dinheiro”, Fernando Ribeiro Rosa disse ter a noção de que “nos anos mais próximos” o Metro não vai chegar a Belém.
“Estamos desterrados nesta ponta”, lamentou.
Em setembro, em entrevista à Lusa, o presidente do Metro de Lisboa, Tiago Farias, disse que os planos de investimento no futuro passam pela ligação das estações do Rato (Linha Amarela) e do Cais do Sodré (Linha Verde), porque assim “toda a rede fica mais integrada".
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