Num comunicado, o supremo indicou que as 35 pessoas são acusadas de alegados delitos de terrorismo e associação criminosa, previstos na Lei contra a Delinquência Organizada e Financiamento do Terrorismo.
Lê-se ainda na comunicação que “a 12 pessoas foram acrescidos o crime de tráfico ilícito de armas, a quatro o crime de posse ilícita de armas e a duas o crime de contrabando agravado”.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) explicou que este grupo de pessoas supostamente estão envolvidas com os “Grupos Estruturados do Crime Organizado (GEDO)” que por sua vez fazem parte do chamado “tancol”.
No passado dia 30 de janeiro, o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, Domingo Hernández, garantiu que o corpo militar manterá operações na zona fronteiriça do país caribenho para a erradicação desses grupos, “pelo tempo que for necessário”.
“Com altos níveis de prontidão e coesão, as nossas FANB [Forças Armadas da Venezuela] garantirão a soberania, liberdade e independência da nossa nação a todo o custo e sustentaremos as operações do Escudo Bolivariano pelo tempo que for necessário porque a nossa integridade territorial não é negociada”, lê-se na conta de Hernández na rede social Twitter.
Estas operações foram anunciadas pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em outubro de 2021, quando informou ter ordenado aos 560 chefes militares das unidades táticas das Forças Armadas o ajustamento dos planos para libertar o país de grupos “terroristas, armados, narcotraficantes da Colômbia”.
Antes, a 30 de setembro, o Presidente denunciou, sem apresentar provas, que esses grupos “tancol” – sigla inventada pelo Governo — estão a infiltrar-se no território venezuelano para ameaçar a “paz e segurança” no país.
Sobre o desdobramento, Hernández assegurou que se mantém “em todo o eixo transfronteiriço” e que durante a busca dos grupos “tancol” encontraram “vários artefactos e dispositivos detonantes” que foram desativados pelas FANB.
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