“Faremos o nosso melhor para formar um governo sob a liderança da CDU [força política da ainda chanceler Angela Merkel] e da União Social-Cristã [CSU, a sua congénere bávara]”, declarou Armin Laschet, destacando, no entanto, que a ala conservadora alemã não pode "ficar satisfeita" com o recuo registado nas eleições.
De acordo com projeções baseadas nos primeiros resultados oficiais, os conservadores terão uma votação na ordem dos 24,2% a 24,7%, ligeiramente abaixo da votação atribuída ao Partido Social-Democrata (SPD), do vice-chanceler cessante e ministro das Finanças Olaf Scholz, que terá conseguido uma votação entre os 24,9% e os 25,8%.
As eleições federais alemãs hoje realizadas vão escolher a futura composição do Bundestag (câmara baixa do parlamento federal da Alemanha), após 16 anos de governação da chanceler Angela Merkel.
O chanceler é escolhido por votação indireta, isto é, os nomes indicados pelos partidos servem apenas para dizer que, caso vençam, aquele será o escolhido.
Nos principais partidos, Olaf Scholz é o candidato pelo SPD. Armin Laschet, ministro-presidente do Estado da Renânia do Norte-Vestefália, é o candidato da CDU. Os Verdes escolheram um nome pela primeira vez, a co-líder Annalena Baerbock.
De acordo com os resultados conhecidos até ao momento, nenhum partido irá conseguir uma maioria para formar imediatamente governo, sendo necessária uma coligação governamental.
Vários cenários de coligação possíveis têm sido avançados nas últimas semanas.
As negociações não têm prazo limite para terminar, sendo, até lá, nomeado um governo de gestão. Vários analistas acreditam que Angela Merkel ainda deverá fazer o habitual discurso de Natal na Alemanha.
Em 2017, foram precisos cinco meses para que a Alemanha formasse uma coligação e que o novo executivo tomasse posse para iniciar o seu mandato.
Cerca de 60,4 milhões de eleitores alemães foram hoje chamados a votar, menos que nas eleições de 2017.
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