“As informações dadas acerca do desenrolar dos acontecimentos no consulado em Istambul são insuficientes”, lê-se num comunicado conjunto da chanceler Angela Merkel e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, citado pela Agência France Presse (AFP).
Os dois governantes condenaram este ato “com a máxima firmeza” e disseram esperar da Arábia Saudita “transparência sobre as circunstâncias da morte e as razões”, e que sejam encontrados “os responsáveis”.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
Entretanto, a Arábia Saudita reconheceu hoje que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, anunciou a agência oficial de notícias SPA.
A agência estatal de notícias saudita SPA revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.
As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.
Também hoje, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, considerou que as explicações dadas pela Arábia Saudita não respondem a todas as questões e exigiu uma “investigação exaustiva e diligente”.
“Muitas perguntas permanecem (…) sem resposta. Estas exigem uma investigação exaustiva e diligente para definir todas as responsabilidades e permitir que os responsáveis da morte de Jamal Khashoggi respondam pelos seus atos”, afirmou o ministro numa declaração escrita, citada pela AFP.
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