“Aos líderes palestinianos dizemos claramente: afastem-se deste terror. Nada pode justificá-lo”, frisou Baerbock num comunicado antes de uma reunião de emergência de diplomatas europeus com os chefes da diplomacia israelita, Eli Cohen, e palestiniana, Riyad al-Maliki.
“Como Autoridade palestiniana, vocês têm obrigações, inclusive para com a vossa própria população”, acrescentou a ministra alemã.
A reunião de emergência decorre em formato híbrido, depois de outra reunião em Mascate, capital de Omã, com o Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, vários ministros europeus e o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
No final destas conversações iniciais, a UE e o CCG apelaram ao “apoio financeiro sustentável à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos e à continuação da ajuda humanitária e do desenvolvimento aos palestinianos nos territórios ocupados”.
A UE anunciou na segunda-feira que iria realizar uma revisão do seu programa de apoio ao desenvolvimento palestiniano, após o ataque do Hamas a Israel, especificando que a ajuda humanitária não estaria em causa.
A Alemanha é contra a suspensão do apoio humanitário à população palestiniana, tal como outros países da União Europeia, incluindo.
Esta ajuda humanitária, de quase 73 milhões de euros em 2023, é usada principalmente em apoios alimentares e médicos, afirmou o Governo alemão.
A Alemanha comprometeu-se a investir 250 milhões de euros no desenvolvimento dos territórios palestinianos.
Metade do investimento será aplicado ao longo de 2023 e 2024 para projetos de longo prazo, como o abastecimento de água, a construção de uma central de dessalinização e criação de emprego para os jovens. A outra metade será entregue à ONU.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
Mais de 1.000 pessoas foram mortas em Israel desde o início da ofensiva no sábado, segundo as autoridades. Do lado palestiniano, 687 pessoas foram mortas na sequência dos bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
Hoje, Israel anunciou que encontrou cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas no seu território.
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