Em conferência de imprensa hoje de manhã, o vice-presidente do RKI, Lars Schaade, admitiu que a taxa de contágio é, pelo terceiro dia consecutivo, superior a 1. Isto significa que um infetado contagia em média mais de uma pessoa.
O responsável acrescentou hoje que estes valores são apenas indicativos, sujeitos a incertezas estatísticas, e que os números na Alemanha estão a diminuir lentamente, o que faz com que surtos individuais tenham maior impacto.
Houve ainda uma subida de 116 vítimas mortais para um total de 7.533 e um valor estimado de 147.200 pessoas recuperadas da doença, com um crescimento de 1.600 nas últimas 24 horas.
Esta segunda-feira, a chanceler alemã apelou à população para cumprir as “regras básicas” para evitar a propagação do novo coronavírus.
O pedido de Angela Merkel surgiu depois de o país registar, pelo segundo dia consecutivo, uma taxa de contágio acima de 1.
A líder alemã já tinha avisado que, caso uma cidade registe mais de 50 novas infeções por 100 mil habitantes ao longo de sete dias, medidas mais rígidas de contenção deverão ser adotadas, afastando a possibilidade de um segundo confinamento a nível nacional.
Também numa mensagem de vídeo, divulgada hoje, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier apelou à atitude “responsável e prudente” de todos, pedindo que esta continue, lançando um novo agradecimento aos profissionais de saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 283 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Quase 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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