Mais de 10.000 toneladas de salmões já morreram desde meados deste mês, nas estruturas imersas nos fiordes de Nordland e Troms, segundo as mais recentes estimativas da Direção da Pesca norueguesa publicadas na terça-feira.
Isto representa vários milhões de peixes, com cada salmão a pesar entre 700 gramas e 5,5 quilos no final da temporada, e uma perda estimada em várias centenas de milhões de coroas (dezenas de milhões de euros) para os aquacultores.
Os stocks são dizimados por algas da família ‘haptophytes’, fitoplâncton comum nas águas norueguesas, mas que podem, em certas condições, proliferar e asfixiar os peixes nas gaiolas.
Número um mundial da indústria da aquicultura de salmão, com uma produção total de 1,24 milhões de toneladas em 2017, a Noruega viveu um episódio semelhante em 1991.
“A disseminação não terminou”, indicou a Direção da Pesca.
A fim de limitar os prejuízos, os piscicultores lutam agora para mover ou abater os peixes antes que a alga chegue às suas explorações.
Se mais de 10.000 toneladas estão já perdidas, os profissionais estimam em cerca de 40.000 toneladas o volume da perda, na medida em que se espera que o número de peixes mortos aumente, devido ao abate normalmente esperado no fim do ano ou início de 2020.
Os números são ainda provisórios e há o risco de aumentarem.
O episódio contribuiu para o aumento do preço do salmão, que subiu 5,7% numa semana, para se negociar hoje acima das 65 coroas (cerca de 6,7 euros) ao quilo.
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