"Os principais aliados de Trump mantiveram conversações com a líder da oposição ucraniana Yulia Tymoshenko, uma ex-primeira-ministra implacavelmente ambiciosa, e membros seniores do partido de Petro Poroshenko, antecessor imediato de Zelensky como presidente, de acordo com três deputados ucranianos e um especialista em política externa republicano dos EUA", lê-se na edição desta quinta-feira do Politico.

Estas discussões centraram-se na possibilidade de a Ucrânia realizar eleições presidenciais rápidas, sendo que de momento estas não podem ser realizadas de acordo com a constituição do país, porque a Ucrânia continua sob lei marcial.

"Os conselheiros de Trump estão confiantes de que Zelensky perderia qualquer votação devido à fadiga da guerra e à frustração pública com a corrupção desenfreada. De facto, as suas avaliações nas sondagens têm vindo a cair há anos, embora tenham melhorado após a quezília no Salão Oval da semana passada".

De acordo, ainda assim, com as últimas sondagens, Zelensky ainda é muito mais popular do que Tymoshenko e Poroshenko, tendo neste momento, segundo as últimas sondagens, 44% das preferências. O seu rival mais próximo, atrás dele por mais de 20 pontos percentuais, é Valery Zaluzhny, um antigo comandante do exército que é agora embaixador da Ucrânia na Grã-Bretanha. Apenas 10% apoiaram Poroshenko, conhecido como o Rei do Chocolate devido ao seu império de confeitaria e Tymoshenko obteve apenas 5,7% de apoio.

"A chave para todos os planos em discussão através dos canais secretos é a realização de eleições presidenciais depois de um cessar-fogo temporário ser acordado, mas antes de serem iniciadas negociações de paz em grande escala a sério. A ideia de uma eleição presidencial antecipada também está a ser promovida pelo Kremlin, que há anos se quer ver livre de Zelensky", diz o artigo.