Allan Sharif, que já foi condenado em vários processos por crimes como rapto, extorsão, branqueamento de capitais, burlas e corrupção, encontra-se atualmente detido na prisão de alta segurança de Monsanto.

O luso-americano ficou conhecido em 2007 por sido acusado de ter ameaçado por telefone, a partir de Portugal, um banco de Miami, no estado norte-americano da Florida, caso os funcionários não entregassem 20 mil dólares a um alegado cúmplice que estava no local.

No caso que vai agora a julgamento, Sharif responde por quatro crimes de burla que lesaram outras tantas agências funerárias de Ílhavo e Murtosa (distrito de Aveiro), Mêda (Guarda) e Peso da Régua (Vila Real).

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), consultada pela Lusa, os crimes ocorreram entre julho a novembro de 2014, quando o luso-americano estava detido no Estabelecimento Prisional da Guarda.

A partir da cadeia, Sharif ou alguém a seu mando, terá contactado as agências funerárias dizendo que necessitavam de fazer a trasladação de um cadáver para Portugal e a pedir que fizessem transferências bancárias para custear as despesas com o processo, prometendo devolver posteriormente o dinheiro, o que nunca aconteceu.

As transferências eram feitas para contas de familiares de pessoas que estavam ou tinham estado detidas na mesma prisão de Allan Sharif e que depois faziam chegar as quantias monetárias ao arguido, sem que fosse prestado qualquer serviço.

De acordo com a investigação, as agências funerárias ficaram com um prejuízo de quase três mil euros.

Num dos casos, um recluso que recebeu dinheiro na sua conta disse que a quantia depositada foi para pagar uma divida que dizia respeito aos seus serviços de lavar a roupa à mão ao luso-americano.

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