Num encontro da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA) que decorre hoje em Lisboa, Mário Centeno lembrou que o Governo tem tomado algumas medidas, como o descongelamento das carreiras, mas admitiu que o trabalho “não está completo”.
“Prevemos que muito ainda há para fazer, muito que tem de ser feito com passos sólidos e investimentos estratégicos e articulados, sempre compatíveis com os recursos do país”, afirmou o ministro das Finanças,
Para o governante, “se se puser esta última condição em causa, não se conseguirá o progresso desejável”.
Sustentabilidade foi uma palavra presente no discurso do ministro das Finanças, dirigido aos funcionários públicos, mas Mário Centeno sublinhou que “a sustentabilidade não é uma ideia tecnocrata”.
A sustentabilidade, defendeu, “é um compromisso responsável com o futuro pois diz respeito às opções que garantem a permanência dos sistemas nos patamares de qualidade que desejamos”, disse.
Para Mário Centeno, a sustentabilidade é “um tema crítico”, recordando que “a despesa pública representa cerca de 40% do PIB em emprego, organização e produção de serviços e bens (a despesa primária, sem juros)”.
“Impõe-se, assim, discutir quais as condições que devemos criar para gerir os trabalhadores da Administração Pública, pois influencia os seus comportamentos, atitudes e desempenho e, em consequência, a forma como os serviços públicos atuam e geram confiança nos cidadãos e empresas”, defendeu.
O INA promove, ao longo de 2018, um ciclo de encontros denominado 'Construir Hoje a Administração Pública do Futuro' que pretende debater a Administração Pública. O encontro de hoje tem como tema 'Percursos Profissionais na Administração Pública: Carreiras e Competências'.
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